Vinte e cinco jogos invicto.
Dizer isso é praticamente dispensar maiores explicações sobre o merecido título rubro-negro.
Mesmo que, para boa parte da torcida, as atuações ainda não sejam dos sonhos.
Mas o Flamengo não deixou dúvida alguma sobre a supremacia regional no começo de temporada. Se adversários tiveram momentos aparentemente até mais inspirados, nenhum chegou perto da regularidade do time de Vanderlei Luxemburgo, que oscilou pouquíssimo.
Luxa, por sinal, tem boa parte dos méritos da conquista. Com o velho estilo centralizador, foi decisivo na reestruturação do futebol do clube, implantou filosofia de trabalho que baniu insidciplinas e planejou 2011 com eficiência.
Escolheu seus homens de confiança e fez uma boa mescla de astros e jovens. Correu riscos ao vetar Adriano, mas a conquista com sobras mostrou que sabia o que estava fazendo.
Com Ronaldinho apenas razoável mas já importante, e com Felipe e Thiago Neves fazendo a diferença, o Flamengo encorpou e abriu corpos de vantagem sobre os rivais.
Que aliás, têm que se preocupar e muito com a freguesia recente para o rubro-negro.
Mais do que resultados, é questão matemática:
Dos últimos 13 Campeonatos Cariocas, nada menos que OITO são do Flamengo, deixando míseros CINCO conquistados por Botafogo (dois), Fluminense (dois) e Vasco (um).
Dos últimos CINCO Cariocas, QUATRO foram parar na Gávea…
E com o quinto título invicto de sua gloriosa história, o Fla chega a 32 no total e já abre dois de vantagem sobre o Fluminense.
Ou seja: a larga e incontestável supremacia da “Nação” nas arquibancadas tem sido diretamente proporcional à surra de resultados no campo.
Tá ficando sem graça? Os outros que corram atrás…
No trilho do bonde sem freio, a próxima estação é a Copa do Brasil.
Atrás da locomotiva rubro-negra, só não vai quem já morreu.
José Ilan