Sob frio, Papão empata com o Brasil/RS e segue congelado à beira da zona de queda

Foto:Fernando Torres/Paysandu

Dos males o menor! Pressionado por praticamente todo o primeiro tempo e um tanto mais equilibrado na etapa final do duelo com o Brasil de Pelotas, no estádio Bento Freitas, em Pelotas (SP), o Paysandu conseguiu interromper a sequência de derrotas, mas com um empate pouco efetivo na luta bicolor para se afastar da zona de rebaixamento. O confronto foi realizado na noite desta terça-feira (21), pela 22ª rodada da Série B do campeonato brasileiro.

Apesar de ter sido dominante no primeiro tempo, o Brasil de Pelotas pouco exigiu do goleiro do Bicola. Na segunda etapa, porém, o Papão melhorou e ainda obrigou ao goleiro Marcelo Pitol a fazer boa defesa em chute, da marca do pênalti, do atacante Hugo Almeida. Vindo de três derrotas consecutivas, o resultado de igualdade aumentou para quatro o número de rodadas do PSC em jejum na competição.

A rodada só terminará no final da noite desta terça-feira (21), mas o Paysandu conseguiu chegar aos 25 pontos e manter a distância de apenas um para a zona de rebaixamento, que tem como ‘líder’ o próprio Brasil de Pelotas. Ainda pressionados, os dois já começarão a pensar na próxima rodada. O Bicola receberá o Sampaio Corrêa, às 16h30 deste sábado (25), na Curuzu, em Belém, e o Xavante já terá ido a Florianópolis (SC) para encarar o Figueirense, às 19h15 desta sexta-feira (24).

1º tempo: Papão acuado e Brasil sufocante

Os sonolentos 12ºC de temperatura na cidade de Pelotas não tirou o ímpeto dos donos da casa, mas, praticamente, congelou quaisquer investidas ofensivas do Paysandu na primeira etapa. Logo aos dois minutos, nova desatenção permitiu com que um lançamento feito da intermediária de defesa do Brasil chegasse ao atacante Luiz Eduardo a cinco passos da área do goleiro Renan Rocha. O camisa 9 xavante soltou uma pancada de canhota e a redonda passou sobre o travessão bicolor.

Sem chance para sair jogando e perdido em campo no quesito ofensivo, o Paysandu viu os gaúchos tomarem conta do duelo. Aos 10, Totty recebeu sobra da zaga sozinho na frente da área e mandou um tubo, que também passou por cima do gol de Renan Rocha. O Paysandu até apareceu no ataque aos 11 em lançamento para Hugo Almeida, que fez o pivô e escorou para Thomaz bater, mas o arremate foi fraco e no meio do gol. Marcelo Pitol defendeu tranquilo.

Em cobrança de falta, Itaque encheu o pé e obrigou Renan Rocha a sujar o uniforme, aos 19. Já aos 25, Éder Sciola cruzou e o desvio de Perema deixou a bola ‘limpa’ para o chute de Lourency dentro da área do Papão. Foi o que o atacante xavante fez, mas errou feio. Guilherme Teixeira ainda desviou pela linha de fundo. Na cobrança do escanteio, a zaga não cortou e a redonda sobrou para Leandro Leite chutar, mas, sem ângulo, o capitão gaúcho errou.

O outro lance do Paysandu foi uma reclamação de pênalti. Aos 28, Pedro Carmona colocou na área e Renato Augusto testou, mas Luiz Eduardo, com o braço aberto, tocou a bola e o árbitro Gilberto Rodrigues Castro Junior mandou o jogo seguir. Dois minutos depois, uma saída errada de Guilherme Santos quase terminou em tragédia para os bicolores. Lourency entra na área e bate cruzado, mas manda pela linha de fundo.

No final, um cruzamento de Itaqui passou a centímetros da chuteira do zagueiro Leandro Camilo, que se atirava de carrinho – sem sucesso – para empurrar para a rede, aos 41, e, no minuto seguinte, Pedro Carmona errou um domínio de bola dentro da própria área e deixou a redonda no pé de Éder Sciola. O lateral xavante mandou uma pancada, mas pela inha de fundo.

2º tempo: Paysandu aquece, mas placar fica congelado

O ‘calor humano’ no vestiário revigorou o Papão. Com mais atitude, o Papão conseguiu o primeiro ataque de perigo ainda aos 10 minutos. No lance, Pedro Carmona colocou a redonda na área e Hugo Almeida – atrapalhado pelo zagueiro Guilherme Teixeira – tocou levemente na redonda, que saiu rente à trave direita do imóvel Marcelo Pitol. Dois minutos depois, Renato Augusto também apareceu em cruzamento na área e finalizou, mas pela linha de fundo.

O Brasil conseguiu aparecer no ataque também em levantamento na área. No lance, Itaqui cruzou e o zagueiro – ex-Paysandu – Rafael Dumas bateu pela linha de fundo, aos 25. Aos 28, o mesmo defensor teve de intervir para impedir que o cruzamento de Thomaz encontrasse o atacante Hugo Almeida, sozinho na área gaúcha.

O último bom momento do jogo também pode ser colocado como um dos principais. O Paysandu saiu em velocidade pela esquerda e Thomaz recebeu na área. O camisa 10 escorou para o chute de Hugo Almeida, que bateu de primeira e viu Marcelo Pitol – bem posicionado – espalmar para longe.

Ficha técnica (Brasil de Pelotas 0 x 0 Paysandu)

Brasil de Pelotas – Marcelo Pitol; Éder Sciola, Leandro Camilo, Rafael Dumas e Tiago Cametá; Leandro Leite (Gilson), Itaqui e Diego Miranda (Alex Ruan); Totty (Welinton Junior), Lourency e Luiz Eduardo. Técnico: Gilmar Dal Pozzo

Paysandu – Renan Rocha; Guilherme Teixeira, Perema e Fernando Timbó; Maicon Silva (Jonathan), Renato Augusto, Alan Calbergue (Magno), Pedro Carmona, Thomaz e Guilherme Santos; Hugo Almeida (Lúcio Flávio). Técnico: Guilherme Alves

Cartões amarelos: Rafael Dumas, Leandro Leite e Luiz Eduardo (Brasil de Pelotas); Guilherme Teixeira, Maicon Silva e Jonathan (Paysandu)

Local: Bento Freitas (Pelotas/RS)

Hora: 19h15

Árbitro: Gilberto Rodrigues Castro Junior – AB/PE

Assistentes: Francisco Chaves Bezerra Junior – CD/PE e Bruno Cesar Chaves Vieira – CD/PE

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