Segundo nome na hierarquia administrativa da CBF, Feldman estava no cargo desde 2015. No seu lugar, foi nomeado o atual diretor de mídia, Eduardo Zebini
O presidente interino da CBF, coronel Nunes, demitiu na tarde desta quinta-feira o secretário-geral da entidade, Walter Feldman. O dirigente era o segundo na hierarquia da entidade. Feldman estava na CBF desde 2015, quando foi nomeado por Marco Polo del Nero, ex-presidente da CBF e banido do futebol por corrupção. A CBF não deu detalhes da decisão de demitir o cartola. Antes de ser afastado pelo Comitê de Ética do Futebol acusado de assédio sexual e moral por uma funcionária, Rogério Caboclo tentou demitir Feldman alegando falta de confiança. O diretor de mídia, Eduardo Zebini, assumirá o cargo de Feldman provisoriamente.
A reportagem apurou que a decisão de demitir Feldman foi tomada pelos vice-presidentes da entidade, em comum acordo. Marco Polo Del Nero foi consultado e não se opôs. Antes de entrar no futebol, Feldman teve uma carreira política. Ele foi o coordenador da campanha de Marina Silva na eleição de 2014 para a Presidência da República. Após a eleição, ele aceitou o convite de Del Nero, então presidente da Federação Paulista de Futebol, para trabalhar na entidade como secretário-geral. No ano seguinte, ele chegou na CBF quando Del Nero assumiu. A demissão de Feldman não foi a única na cúpula da entidade.
Semana passada, o diretor de Recursos Humanos, Marco Dalpozzo também foi desligado por coronel Nunes. Durante a crise instalada com a denúncia da funcionária que acusa Rogério Caboclo de assédio sexual e moral, Dalpozzo chegou a formalizar em uma carta seu pedido de demissão ao então presidente, agora afastado. Caboclo, no entanto, não levou o pedido à frente. Ao assumir a função, Nunes decidiu desligar o diretor. Ele deve demitir outros diretores nos próximos dias.
A assessoria de imprensa da entidade foi procurada, mas ainda não se manifestou.
Walter Feldman estava na CBF desde 2015. Ele — Foto: Stephanie Pacheco/GloboEsporte.com