Treinador, que teve comportamento questionado por atletas nesta semana, também é absolvido de queda no Paulista por causa do alto número de lesões no elenco
A queda nas quartas de final do Paulista para o Água Santa e um atrito com o meia-atacante Marcos Paulo que levou parte do elenco a reclamar desse comportamento com a diretoria não bastaram para que Rogério Ceni deixasse o comando do São Paulo.
O treinador continua apoioado pelos dirigentes, como após a derrota para o Independiente del Valle na final da Copa Sul-Americana do ano passado.
A diretoria do São Paulo entende que uma troca de treinador, neste momento, não resolveria o problema do time.
A percepção é de que o mercado não apresenta opções viáveis – Dorival Júnior surge como o único técnico disponível com currículo para assumir a equipe, mas sua passagem pelo Morumbi, entre 2017 e 2018, não deixou saudades.
O clube também não admite se arriscar com treinadores em ascensão – o termo utilizado por um dirigente foi “apostas”.
Nesse cenário, a diretoria entende que o melhor é manter Ceni para as três competições que o São Paulo ainda jogará em 2023: o Brasileiro, a Copa do Brasil e a Sul-Americana.
Os cartolas têm absolvido Ceni da queda precoce no Paulista, torneio em que o São Paulo sofreu com uma série de graves lesões no elenco – e que motivou mudanças no departamento médico no começo da semana.
Acreditam que, com os cerca de 20 dias até o próximo jogo e o provável retorno de alguns jogadores em tratamento, o treinador terá condições de melhorar o desempenho da equipe.
Eles admitem, porém, que episódios como a discussão com Marcos Paulo, ocorrida na quarta-feira, ampliam os desgastes de uma relação que já dura um ano e meio – no ano passado, Ceni discutiu com Patrick no vestiário do Maracanã, em jogo contra o Fluminense, e o meia deixou o clube após o Brasileiro.
Retirado do Globoesporte.com
Rogério Ceni em São Paulo x São Bernardo — Foto: Marcello Zambrana/AGIF