Paysandu tropeça, em casa, contra o CRB e a Série C é logo ali

Akira Onuma / O Libera

A má fase é interminável. O Paysandu apenas empatou contra o CRB, por 1 a 1, com gols de Hugo Almeida e Rafael Carioca, pela 31º rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. Até o momento, o Papão soma apenas 32 pontos, está na 17º posição e não consegue sair da zona de rebaixamento há três rodadas. E o pior: o futuro, ao que parece, é sombrio. A próxima rodada reserva o encontro nada mais, nada menos  contra o líder Fortaleza-CE, na Arena Castelão, no dia 20/10.

Gol cedo 

Ninguém se prepara para tomar um gol tão cedo, o que desmorona qualquer sistema tático. E bastou um minuto de jogo para o Paysandu abrir o placar. Incrivelmente, apesar do pouco tempo transcorrido, o Papão teve um contra-ataque veloz que foi consolidado com um passe de Thomaz para Mike. Veloz, Mike driblou a marcação, mas foi deslocado dentro da área. O árbitro não teve dúvida. A cobrança precisa foi do centroavante Hugo Almeida. O gol deu confiança para a equipe trabalhar a bola e acertar lances ofensivos em sequência. Avançando os laterais, principalmente, Maicon Silva, o Paysandu rondou a área adversária. Os lances mais perigosos foram nos pés de Thomaz e Hugo Almeida.

Tudo igual 

No entanto, como já está se tornando rotina, a partir dos 25 minutos, a equipe bicolor caiu drasticamente de produção. E o CRB, ciente da necessidade de pontuar, passou a adiantar a marcação. Como a principal fragilidade dos paraenses é o sistema defensivo, previa-se que o empate era questão de tempo. E o lance do gol adversário saiu de uma trapalhada tática inacreditável. De uma infantilidade sem tamanho. A defesa foi, praticamente, marcar dentro da grande área um lance de bola parada. Ninguém ficou na segunda bola. A sobra parou nos pés de Rafael, que aos 37 minutos chutou no canto esquerdo do goleiro Renan Rocha. Por outro lado, o Paysandu não conseguiu sequer articular um ataque veloz, apesar do espaço.

Acordou 

Depois de um período de sonolência, de dificuldade em trabalhar a bola, o Paysandu voltou a demonstrar superioridade ao CRB. Ditou o ritmo da partida e a jogar no campo do adversário. O problema é que a qualidade técnica já não era a mesma e a pressão se deu por conta de outras valências, como a garra. Nesse cenário, a bola parada se tornou uma aliada. E jogo era tenso e feio.

Volante meia   

O treinador João Brigatti optou por jogadores velozes: Willyam e Romarinho. A comissão técnica apostou na habilidade. Porém, a saída de Thomaz, deixou um vácuo no setor de meio-campo. O Paysandu não era lúcido e estava bagunçado. Na única oportunidade que ainda teve, Lúcio Flávio desperdiçou um chance na grande área. E foi assim mais um episódio da saga negativa, no que parece ser o último ano bicolor na Série B.

Ficha Técnica 

Paysandu – Renan Rocha, Maicon Silva, Perema, Diogo Ivo e Diego (Lúcio Flávio); Renato Augusto, Nando Carandina, Marcos Jr (Willyam) e Thomaz (Romarinho); Mike e Hugo Almeida. Técnico: João Brigatti

CRB –  João Carlos; Edson Ratinho, Lázaro, Anderson Conceição e Paulinho; Claudinei, Serginho (Wellington Carvalho), Renan Oliveira e Rafael Carioca (Diego); Iago e Neto Baiano. Técnico: Roberto Fernandes

Local: Estádio Curuzu

Árbitro: Elmo Cunha (GO)

Assistentes: Leone Rocha (GO) e Tiago da Silva (GO)

Cartões amarelos: Serginho, Paulinho (CRB); Caceres, Fernando Timbó, Nando Carandina (PSC)

Cartão vermelho: Diego (CRB)

Público: 6,9 mil torcedores

Renda: R$91,115,00

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