No ‘Re-Pa dos mosaicos’, Remo e Paysandu empatam sem gols no Mangueirão

Partida foi bastante truncada nos 90 minutos, mas com espetáculo nas arquibancadas.

Paysandu Remo empataram em 0 a 0 na noite deste domingo (4), pela quinta rodada do Campeonato Paraense. O primeiro duelo entre os rivais no ano foi marcado por uma partida bastante truncada durante os 90 minutos, mas com um espetáculo das torcidas nas arquibancadas. Além disso, o resultado não comprometeu o posicionamento dos clubes na tabela do Parazão. 

Agora com dez pontos, o Paysandu se mantém na liderança do Campeonato Paraense, com quatro rodadas disputadas. Com o jogo a menos, o Remo é o vice-líder, mas com sete pontos ganhos. Segundo o regulamento do torneio, os oito primeiros colocados da classificação geral garantem vaga aos mata-matas. 

Ambas as equipes voltam a campo no meio da semana para compromissos distintos. O Papão encara o Bragantino, na quarta-feira (7), no estádio da Curuzu, às 20h. Já o Leão Azul encara a Tuna Luso, na quinta-feira (8), também às 20h, mas no estádio Baenão. 

Mosaicos

Antes da bola rolar, ambas as equipes realizaram um belo espetáculo nas arquibancadas. Azulinos e bicolores fizeram apresentações com mosaicos, que repercutiram bastante nas redes sociais. 

O Paysandu homenageou o aniversário do clube, que completou 110 anos na última sexta (2), e provocou o rival relembrando um episódio envolvendo o meia Albertinho. Já o Remo cutucou o adversário lembrando da vantagem em clássicos, além de exaltar o mascote do clube, o Leão. 

O Paysandu mandou no jogo nos primeiros 45 minutos do clássico Re-Pa, válido pela quinta rodada do Campeonato Paraense. Foram do Papão as melhores chances do jogo, criadas a partir de brechas deixadas pelo setor de meio-campo azulino. Apesar do ímpeto bicolor ser maior, o zero não saiu do marcador antes do intervalo.

Os primeiros minutos do Re-Pa deram o tom do que seria a partida: muita disputa de bola, mas com o Paysandu vencendo os duelos com base na imposição física e técnica. Logo aos seis minutos, o Bicola teve a grande chance do jogo, com Nicolas, que finalizou na pequena área, obrigando Marcelo Rangel a fazer uma grande defesa. 

O goleiro azulino, inclusive, foi o grande destaque da partida, sendo o principal obstáculo entre os ataques bicolores e o primeiro gol do jogo. Além da defesa magistral dos minutos iniciais, Marcelo Rangel ainda precisou intervir outras duas vezes para manter a igualdade no placar. 

Rangel ficava exposto muito pela estratégia adotada pelo técnico Ricardo Catalá. O Remo, em quase toda a partida, tentava desafogar o jogo pelas laterais, com bolas longas partindo da defesa. O ato de esticar a jogada para as pontas fazia com que o Leão perdesse a posse com frequência. Isso ajudou muito o Paysandu a criar bons lances. 

Ao contrário do Remo, o Papão procurava jogar por dentro, sobretudo com tabelas envolvendo o meia Biel e o atacante Nicolas. O camisa 11 do Papão, inclusive, era incansável, correndo o campo todo e servindo de referência para a construção de jogadas. 

Após o sufoco alviceleste, o Remo conseguiu respirar somente no terço final do primeiro tempo. Echaporã e Marco Antônio, apagados do jogo, inverteram de posição e passaram a agredir mais o adversário. No entanto, nenhum lance foi contundente o suficiente para que o Leão abrisse o placar. 

A etapa final não teve uma superioridade declarada como a primeira, mas isso não significou que poucas chances de gol foram criadas. A partida ficou muito mais “aberta”, com o Remo tendo as principais oportunidades de tirar o zero do placar. O Papão também ficou perto de abrir o marcador, mas foi “punido” por finalizações mal efetuadas pelos atacantes. 

Os primeiros quinze minutos do segundo tempo seguiram a mesma toada da etapa inicial: domínio bicolor e boas intervenções de Marcelo Rangel para o Remo. O Leão, inclusive, trocou Echaporã por Kevin no intervalo, com o objetivo de se soltar mais em busca do gol, mas a alteração demorou a surtir efeito. 

Foi apenas no segundo terço do tempo final que o Remo cresceu. Ainda de um jeito pouco “atrativo”, com exagero de bolas longas e jogadas de velocidade, o Time de Periçá teve as melhores chances de abrir o marcador. Em uma delas, com Paulinho Curuá, aos 26 minutos, a bola resvalou a trave de Matheus Nogueira após uma falha bizarra do goleiro bicolor. 

Na parte final do jogo, a partida se transformou numa intensa trocação. O Remo chegava ao ataque, sobretudo pela ponta esquerda, mas cedia espaço ao Papão, que cresceu de produtividade após as entradas de Robinho e Vinícius Leite. Na jogada mais importante do Papão no jogo, aos 38 minutos, Nicolas recebeu passe de Kevin sozinho na grande área, mas finalizou pra fora. 

Ficha técnica

Local: Mangueirão – Belém (PA)
Data: 04.02.2024
Horário: 17h
Arbitro: Olivaldo José Alves Moraes (FPF)
Assistentes: Luis Diego Nascimento Lopes (FPF) e Ederson Brito de Albuquerque (FPF)

Cartões amarelos: Edilson (PAY) e Daniel e Ytalo (REM)

PAYSANDU: Matheus Nogueira; Edilson, (João Vieira) 
Wanderson, Lucas Maia e Kevyn; Gabriel Bispo, Val Soares (Leandro Vilela) e Biel (Robinho); Bryan (Vinícius Leite), Jean Dias e Nicolas. Técnico: Hélio dos Anjos.

REMO: Marcelo Rangel; Vidal, Ligger, Reniê (Ícaro) e Raimar; Daniel (Renato Alves), Pavani (Jaderson) e Camilo; Echaporã (Kelvin), Marco Antônio (Paulinho Curuá) e Ytalo. Técnico: Ricardo Catalá. 

Retirado de O Liberal

Remo e Paysandu ficam no empate no Re-Pa 771 (Cristino Martins/ O Liberal

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