Ex-zagueiro, que fez história no Verdão da “Era Parmalat”, deixa legado de raça e dedicação ao clube alviverde.
Nos anos 90, o futebol brasileiro vivia uma fase de transformação, marcada pela chegada de grandes investimentos e pela reestruturação de clubes tradicionais. O Palmeiras, até então sem conquistar títulos expressivos há quase duas décadas, viu sua história mudar com a parceria firmada com a Parmalat, gigante italiana do setor alimentício. Foi nesse contexto, de reconstrução e busca por glórias, que Tonhão se destacou como uma das peças importantes da equipe alviverde. O zagueiro esteve presente desde o início da chamada “Era Parmalat”, sendo parte fundamental na retomada de conquistas que colocaram o Palmeiras novamente no topo do futebol nacional.
Nesta terça-feira, o mundo do futebol, em especial os torcedores do Palmeiras, amanheceu mais triste com a notícia da morte do ex-zagueiro e ídolo do clube. Com 55 anos, o jogador que marcou época no Verdão teve sua morte confirmada pela filha, Jessica Louzada, mas a causa não foi divulgada pela família. A trajetória de Tonhão, conhecida pela garra em campo e pela identificação com a torcida, deixa uma marca inesquecível no coração dos palmeirenses.
Jessica, emocionada, compartilhou a notícia nas redes sociais: “Com a maior dor que já senti, comunico que meu pai descansou hoje. Ele foi muito forte, muito guerreiro e lutou até o fim. Meu maior amor agora cuida da gente lá do céu”, escreveu em uma postagem no Instagram.
TÍTULOS E PAIXÃO PELO VERDÃO
Antônio Carlos Costa Gonçalves, o Tonhão, além de ser um dos jogadores mais queridos do Palmeiras, também era um torcedor apaixonado pelo clube desde a infância. Essa ligação com o Verdão era tão forte que ele eternizou em sua pele o símbolo palmeirense, com uma tatuagem do escudo no braço direito, demonstrando o amor que ia além das quatro linhas.
Com a camisa do Palmeiras, Tonhão disputou 161 partidas, das quais saiu vitorioso em 94. Além disso, acumulou 34 empates e 33 derrotas, e ainda marcou quatro gols. O zagueiro foi peça fundamental nas conquistas dos títulos de bicampeão paulista e bicampeão brasileiro, gravando seu nome na história do clube.
PALMEIRAS LAMENTA MORTE DE TONHÃO
A Sociedade Esportiva Palmeiras lamenta profundamente a morte do ídolo Tonhão, aos 55 anos.
Bicampeão paulista e brasileiro em 1993 e 1994, Tonhão será sempre lembrado pela garra exibida dentro de campo e pelo amor dedicado à camisa alviverde, com a qual disputou 161 jogos e fez quatro gols.
Tonhão foi bicampeão paulista e brasileiro pelo Palmeiras na década de 1990. | Reprodução/X (antigo Twitter) @Palmeiras