Ídolo do basquete, Marcel trabalha durante pandemia e auxilia no combate ao coronavírus

Medalhista de ouro no Pan-Americano de 1987, o ex-jogador é formado em medicina e trabalha em clínicas de Jundiaí, em São Paulo 

Um dos maiores nomes da história do basquete brasileiro, o ex-jogador Marcel de Souza continua representando o seu país. Medalhista de bronze no Mundial de 1978 e campeão Pan-Americano em 1987, Marcel é formado pela Faculdade de Medicina de Jundiaí e tem trabalhado como ultrassonografista na cidade do interior de São Paulo durante a pandemia do novo coronavírus (COVID-19).

– Trabalho em clínicas que atendem a população de baixa e média renda. Não sou capaz de atender pessoas com coronavírus em hospitais. Tenho 63 anos e sou do grupo de risco. Comecei a orientar as pessoas através das redes sociais sobre o que deveriam fazer ou não – disse Marcel ao L!

Jundiaí tem 186 casos confirmados de COVID-19 e apenas 16 mortes causadas pela doença. Marcel, que tem trabalhado todos os dias durante a pandemia, garante que a situação na cidade está controlada e que as pessoas, na maioria, tem respeitado as recomendações. O ex-jogador também elogiou o trabalho da prefeitura local. 

– A situação em Jundiaí está bem controlada. O pessoal reage dia após dia. Como tenho ido trabalhar todos os dias, vejo que tem dia que a cidade está mais cheia, outro está mais vazia. Não tem nenhuma forma de protesto. A prefeitura de Jundiaí tem feito um grande trabalho junto ao SUS e estamos tendo um grande sucesso – contou. 

O novo coronavírus (COVID-19) é uma doença infecciosa que causa problemas respiratórios semelhantes a gripe, com sintomas como tosse e febre, mas em casos mais graves pode gerar dificuldade de respiração. Como prevenção, é recomendado o isolamento social, além de higienização como lavar as mãos com frequência. No Brasil, já são mais de 108 mil casos confirmados e sete mil mortes. Marcel reiterou a importância da quarentena. 

– Temos duas certezas sobre o coronavírus. A primeira delas é que aglomeração facilita a transmissão. Isso é um fato. A segunda é que, no presente momento, a doença não tem tratamento. Os médicos prolongam a vida dos pacientes o máximo que eles podem. Minha mensagem é para ficar em casa. No Brasil, o vírus tem atingido pessoas de todas as idades, até criança. O melhor tratamento agora é não ficar doente. Fica em casa e aguarde. Vamos evitar – afirmou. 

Segundo maior cestinha da história da Seleção Brasileira de basquete, Marcel disputou quatro Olimpíadas na carreira: Moscou (1980), Los Angeles (1984), Seul (1988) e Barcelona (1992). O ex-ala elogiou a postura do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) que se posicionou contra a realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio neste ano em virtude da pandemia. 

– Excelente postura. O esporte é um exemplo. Foi muito boa a atitude do COB durante essa pandemia – disse Marcel que também elogiou o Comitê Olímpico Canadense, o primeiro a se posicionar contrário a Olimpíada em 2020, e também era contra a realização do evento. 

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