A parceria entre Rogério Ceni e o Fortaleza segue rendendo frutos dos mais saborosos ao clube do Pici. Nessa quarta-feira (29), o time da capital cearense bateu de novo o Botafogo-PB na decisão da Copa do Nordeste por 1 a 0, gol marcado novamente por Wellington Paulista, e levantou uma taça inédita em seus 100 anos de história entrando no hall de outras oito equipes da região.
Mesmo como visitante, o Fortaleza não baixou suas linhas de marcação e, logo de cara, foi beneficiado por um erro da zaga paraibana para explorar a melhor característica de Wellington Paulista: o oportunismo. Após o corte defensivo aos três minutos que espirrou nas costas de Tinga, ela caiu nos pés do camisa 99 que encheu o pé com um voleio preciso, no canto de Saulo, e levantou o excelente número de torcedores do Leão do Pici presentes em João Pessoa.
MATURIDADE CEARENSE
A estratégia estabelecida pelo time de Rogério Ceni parecia se estabelecer com contundência mediante ao adversário na relação de permitir com que o Botafogo-PB trocasse passes na defesa, mas não conseguissem se aproximar com mais perigo a sua meta. Com a exceção de cruzamento onde Nando ficou bem perto de marcar junto a segunda trave, o Fortaleza conseguia controlar o ímpeto dos anfitriões na base da consistência defensiva e qualidade na saída de jogo.
A MELHOR DO BELO
Em meio a esse cenário onde o experiente meio-campista Marcos Aurélio praticamente não era notado diante da forte marcação, quando o 10 da Maravilha do Contorno conseguiu escapar desse cerco, ele bateu muito bem de fora da grande área e forçou Marcelo Boeck a trabalhar de maneira muito eficiente caindo no canto esquerdo e espalmando pela linha de fundo.
CRESCEU NO JOGO
Nos 10 primeiros minutos da etapa complementar, precisando virar o marcador para ao menos conduzir o confronto as penalidades, o Botafogo-PB chegou nesse intervalo de tempo duas vezes com extremo perigo. Na primeira delas, Marcos Vinicius não finalizou bola na pequena área pela marcação de impedimento da arbitragem e, na segunda, o lateral-esquerdo Fábio Alves chegou testando com muita força na ponta da grande área e viu a bola passar perto da trave esquerda de Boeck.
DE CONTROLADOR A CONTROLADO
Sem conseguir armar as habituais jogadas de contra-ataque, o Fortaleza era a todo momento atacado pelo adversário e precisou fazer modificações na equipe (entradas de Marcinho e Dodô) para buscar opções de evitar com que o confronto se tornasse um mero ataque contra defesa como até ali o segundo tempo se desenvolvia. Não à toa nesse período o Belo chegou de novo com grande potencial de marcar quando Dico pegou a sobra de uma bicicleta tentada por Enercino e chutou forte para uma gigantesca intervenção de Marcelo Boeck.
I-NA-CRE-DI-TÁ-VEL
Autor de três gols diante da Chapecoense na Arena Condá no último jogo como visitante do Leão do Pici, a bola se ofereceu na pequena área e quase que sem goleiro para que ele mantivesse o bom desempenho. Porém, antes de saber que a arbitragem havia marcado impedimento de maneira equivocada, ele bateu embaixo da bola e perdeu uma chance que pode ser classificada como imperdível.