Foi Muito Bonito de Ver.

Foi muito bonito de se ver. A começar pela indomável Magnética, que invadiu e pintou de vermelho e preto o Pacaembu, criando o ambiente ideal para o empalamento do baheazinho. Nossa habilidosa molecada, que foi covardemente ovobabada nos últimos 3 dias, chegou a sentir os vapores tóxicos do venenoso oba-oba e a presença ilustre de Luxemburgo no campo, mas conseguiu resistir ao olho gordo da arcoirizada sem base. E trouxe de volta pra Gávea, depois de 21 anos, a prestigiada Copinha.
O jogo foi tenso como toda final que se preza. Claro que o Manto Sagrado, a mais poderosa vestimenta esportiva do universo, desequilibrava pro nosso lado. E olha que o baheazinho até que tentou endurecer o jogo, se aproveitando do excessivo nervosismo de nossos garotos. Felizmente nossos moleques são mais criativos que os deles e, mesmo sem brilhar como em jornadas anteriores, não tardaram em doutrinar definitivamente os jovens baianos.
Um titulo merecido e necessário, que além de dar moral aos moleques acende uma esperança e deixa uma preocupação na torcida. A esperança de que o Flamengo possa mais uma vez conquistar o mundo com uma galera feita em casa. E a preocupação de que essa geração não seja, como a saudosa geração de 1990, vendida por 3 paçocas e uma mariola para brilhar com uma camisa feia qualquer. A responsabilidade agora é da nossa cartolada, que esperamos já ter aprendido essa lição.
Parabéns aos moleques e parabéns à torcida. Ainda estamos em janeiro e já tem gente falando com toda a sinceridade: Não é mole, não, já tô cansado de gritar É Campeão
Arthur Muhlenberg Bloqueiro do Flamengo

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