Em meio a polêmicas com familiares e advogados sobre as indenizações pela tragédia do Ninho do Urubu, o Flamengo entrou em consenso com uma das famílias das 10 vítimas fatais no incêndio no CT. O presidente Rodolfo Landim, que pediu 15 dias de licença do cargo para uma “viagem particular” e não estará na estreia do time na Libertadores, fechou o acordo. As negociações com os demais. A identidade dos parentes está sendo mantida sob sigilo por motivos de segurança
O GloboEsporte.com apurou que outras três famílias, que vêm mantendo conversas com a diretoria, também estão próximas de um acerto. Depois do imbróglio envolvendo a pedida do Ministério Público e a mediação na Justiça, o Flamengo partiu para negociações individuais com os familiares. Os acordos que estão sendo fechados incluem ajudas de custo mensais, como havia sugerido pelo MP, mas com prazos diferentes a partir de 10 anos.
Os valores também estão mantidos sob sigilo, mas segundo uma fonte interna são “muito superiores ao que foi divulgado pelo Ministério Público do Trabalho”, que revelou na semana passada que a primeira proposta rubro-negra foi de R$ 300 a R$ 400 mil de indenização e um salário mínimo (atualmente de R$ 998,00) por mês. Na mediação na Justiça, a oferta do clube chegou a R$ 700 mil, mas os valores também não agradaram aos familiares e advogados.
No dia 8 de fevereiro, 10 jogadores das categorias de base do Flamengo, entre 14 e 17 anos, morreram: os goleiros Bernardo Pisetta e Christian Esmério; os zagueiros Arthur Vinicius e Pablo Henrique; o lateral Samuel Rosa; os volantes Jorge Eduardo e Rykelmo Viana; e os atacantes Athila Paixão, Gedson Santos e Vitor Isaías. Outros três ficaram feridos: Cauan Emanuel, Francisco Diogo e Jonathan Ventura, único que ainda está internado.
O Flamengo assumiu a responsabilidade pela tragédia, considerada a maior da história do clube, mas não a culpa. O clube alega que tinha disjuntores para cada aparelho de ar-condicionado, onde começou o incêndio, e atribui à pane elétrica causada pelo temporal que caiu dias antes no Rio. Porém, o Ninho do urubu não tinha alvará do Corpo de Bombeiros para ter alojamento no local e nem o habite-se da prefeitura, que interditou o CT na última terça-feira.
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