Ex-presidente da Uefa, Michel Platini é preso por suspeita de corrupção envolvendo a Copa de 2022

Ex-presidente da Uefa, Michel Platini foi preso na manhã desta terça-feira (horário europeu), em Paris, para depor por suspeitas de corrupção envolvendo a Copa de 2022. O ex-jogador francês, de 63 anos, era um dos investigados em operação que averigua possíveis irregularidades na escolha do Catar como sede do próximo Mundial da Fifa. As informações foram publicadas em primeira mão pelo site “MediaPart”.

Além de Platini, a operação também mantém sob custódia a ex-conselheira do ex-presidente Nicolas Sarkozy, Sophie Dion, por “suspeita de atos ativos e passivos de suborno”. Claude Gueant, antigo secretário geral do governo, também foi convocado a depor em condição de “suspeito livre” pelo Escritório Central de Luta contra a Corrupção e Infrações Financeiras e Fiscais (OCLCIFF).

A primeira investigação sobre corrupção e conspiração criminal na escolha do Catar como sede da Copa de 2022 foi aberta pela Promotoria Financeira Nacional (PNF) da França em 2016. Em dezembro de 2017 Platini foi ouvido como testemunha e admitiu que votou no Catar em dezembro de 2010, quando o país foi apontado como sede do Mundial.

Segundo o jornal “Le Monde”, o foco da PNF é um almoço organizado no Palácio do Eliseu, sede do governo francês, em 23 de novembro de 2010. No evento estavam presentes Nicolas Sarkozy, Michel Platini, o Emir do Catar, Tamim Ben Hamad Al Thani, e o então primeiro ministro do emirado, Sheikh Hamad, Bem Jassem.

Platini foi presidente da Uefa de 2007 a 2015, quando foi banido do futebol por seis anos após ser considerado culpado de receber pagamentos indevidos do ex-presidente da Fifa, Sebastian Blatter. A pena foi reduzida para quatro anos após recurso na Corte Arbitral do Esporte (CAS) e se encerrara em outubro.

Globoesporte

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