Motivo são débitos do clube com as Fazendas Municipal e Nacional, que não entram na recuperação judicial e, por isso, leilão pode ser concretizado
O Náutico ganhou uma grande dor de cabeça e, desta vez, fora de campo. O estádio dos Aflitos irá a leilão na próxima segunda-feira por dívidas fiscais. Débitos que não entram na recuperação judicial e portanto, a hasta pública pode ser concretizada.
O lance mínimo é de R$ 100 milhões e com a possibilidade de parcelamento.
Apesar de não entrar na RJ, o plano do Náutico, apresentado em 2023, previa a negociação em paralelo da dívida de cerca de R$ 95 milhões com as Fazendas Nacional e Municipal. O Náutico, inclusive, tem 10% de todas as cotas da CBF retidas para o pagamento dos débitos tributários.
É importante lembrar que o estádio e a sede do Timbu são Patrimônios Imateriais, de acordo com o Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU) da Prefeitura do Recife. Desta forma, não podem passar por mudanças na estrutura e nem deixar de ser um estádio, caso seja arrematado.
Segundo a lei municipal (Nº 16.284/97), os Imóveis Especiais de Preservação (IEP) “são exemplares isolados, de arquitetura significativa para o patrimônio histórico, artístico e/ou cultural da cidade do Recife, cuja proteção é dever do Município e da comunidade, nos termos da Constituição Federal e da Lei Orgânica Municipal”.
A mesma lei, no artigo nono, explica que não será permitido nos IEP qualquer intervenção que implique em demolição, descaracterização dos seus elementos originais ou alteração da volumetria e da feição da edificação original.
Em contato com a reportagem do ge, o Náutico afirmou que “através do seu departamento jurídico e escritórios terceirizadas, já vem trabalhando para reverter a situação”.
Retirado do Globoesporte.com
Foto: Divulgação/CNC