Cruzeiro e Operário-PR empatam em duelo com muitas polêmicas de arbitragem e do VAR pela Série B

Partida teve muitas reclamações da equipe mineira contra os árbitros. Foi o 12ª empate da Raposa na competição, o que complica a busca pelo acesso 

Frustrante. Assim pode ser definido o empate por 1 a 1 entre Cruzeiro e Operário-PR para o torcedor cruzeirense nesta quinta-feira, na Arena do Jacaré, pela 24ª rodada da Série B. Claudinho e Paulo Sérgio marcaram os gols do jogo graças à falhas das duas defesas.

A Raposa saiu na frente após Fabiano errar feio na frente de Claudinho. Mas a equipe azul quis devolver a gentileza e em um pênalti bobo, cometido por Eduardo Brock, o Fantasma empatou o duelo em Sete Lagoas.

Foi o 12º empate em 24 jogos da Raposa, que agora tem 30 pontos, ocupando a 12ª posição na tabela. A equipe do Paraná chegou aos 34 pontos, ficando na nona colocação.

Os destaques do jogo não foram nenhum atleta, mas sim a arbitragem de campo e de vídeo, que influenciaram diretamente no resultado final da partida com um pênalti marcado e a anulação do gol de Marcelo Moreno, aos 52 minutos do segundo tempo, gerando uma grande e feia confusão no fim do jogo.

Uma “troca de gentilezas” não deixou o placar em branco na Arena do Jacaré

Em duas falhas bizarras, Fabiano e Eduardo Brock foram responsáveis diretos pelos gols marcados por Cruzeiro e Operário-PR no primeiro tempo em Sete Lagoas. O jogador do time paranaense “entregou” o tento marcado por Claudinho, primeiro com a camisa azul, enquanto Brock cometeu um pênalti bobo que foi assinalado com a ajuda do VAR.

Foi o segundo erro direto de Eduardo Brock que resultou em gol do adversário. Contra o Goiás, ele não conseguiu tirar a bola da área, que sobrou para o time goiano marcar o gol de empate, logo após a Raposa abrir o placar.

O apoio da torcida é bom, mas o gramado da Arena do Jacaré é de “lascar”

Nem os dias de tratamento deram jeito no campo do Democrata-SL, dono do estádio. A qualidade do jogo cai, o Cruzeiro fica sem poder arriscar mais jogadas ofensivas. É bem legal ter o torcedor perto, mas esportivamente o time fica prejudicado.

O “velho” e mau torcedor de volta

Com a liberação de bebidas na Arena do Jacaré, o tipo de torcedor mal educado voltou a aparecer. Duas latas de cerveja foram jogados no campo para acertar um jogador do Operário. Se o time mineiro perder um mando de campo, já temos um culpado: o mau torcedor.

Luxemburgo abriu o time para vencer

O treinador tirou os dois laterais, Cáceres e Matheus Pereira(entraram Marco Antônio e Thiago), o volante Adriano, deixando a equipe super ofensiva. Também foram para o jogo Rafael Sóbis, Giovanni e Rafael Sóbis. Era um tudo ou nada arriscado, mas para quem precisa só da vitória para ter chances de subir, foi um risco calculado.

Operário fez o seu jogo e conseguiu seu ponto fora de casa

O time paranaense sabia que a Raposa viria com muita força para atacar. A estratégia era tentar jogar por uma bola, que veio no erro da defesa azul. O ponto foi ganho, mantendo o Fantasma no G10 da Série B.

Os erros individuais ainda “minam” a campanha da Raposa na Série B

Os empates contra o Goiás e Operário-PR geraram perda de quatro pontos para o Cruzeiro. E o prejuízo veio de erros individuais. Nas duas partidas, Eduardo Brock falhou em lances que viraram gols dos rivais. Erros assim deixam o time mineiro com menos chances de acesso e para o desespero da torcida, mais um ano na segunda divisão.

Marcelo Moreno marca, mas o VAR, em uma grande confusão anula o gol da Raposa

O atacante celeste colocou a bola para dentro, aos 52 minutos do segundo tempo, mas o VAR assinalou um toque no braço de Marco Antônio, que deu o passe para o atacante cruzeirense. O lance demorou 15 minutos para ser resolvido, criando uma grande confusão, com expulsão de Vanderlei Luxemburgo.

A demora e a falta de uma lógica de trabalho do árbitro de vídeo com o trio de campo, mostram que o sistema segue falhando, mesmo com as imagens como auxiliares. As imagens do VAR não foram conclusivas. A revolta imperou no fim do jogo, com os árbitros tendo de sair de campo com o policiamento do estádio.

Próximos jogos

O Cruzeiro encara o Vasco no domingo, 19 de setembro, às 16h, em São Januário. Já o Fantasma terá pela frente a Ponte Preta na quarta-feira, 22 de setembro, às 21h30, em Ponta Grossa.

FICHA TÉCNICA DA PARTIDA

CRUZEIRO 1 x 1 OPERÁRIO-PR
Data: 16 de setembro de 2021
Horário: 19h de Brasília)
Local: Arena do Jacaré, Sete Lagoas (MG)
Árbitro: Rodrigo Dalonso Ferreira (SC)
Assistentes: Alex dos Santos e Helton Nunes (ambos de SC)
VAR: Pablo Ramon Goncalves Pinheiro (RN)
Gols: Claudinho, aos 16’-1ºT(1-0), Paulo Sérgio (Pênalti), aos 37’-1ºT(1-1)
Cartões amarelos: Leandro Vilela (OPE), Thomaz (OPE), Djalma Silva (OPE), Marcel Moreno (CRU), Simão (OPE), Eduardo Brock(CRU), Vanderlei Luxemburgo (CRU)
Cartão vermelho: Vanderlei Luxemburgo (CRU)

CRUZEIRO (Técnico: Vanderlei Luxemburgo)

Fábio; Cáceres (Marco Antônio, aos 13’-2ºT), Eduardo Brock, Ramon e Matheus Pereira (Thiago, aos 28’-2ºT); Adriano (Rafael Sobis, aos 35’-2ºT), Rômulo e Claudinho (Giovanni, aos 13’-2ºT); Wellington Nem, Dudu (Felipe Augusto, aos 13’-2ºT) e Marcelo Moreno

OPERÁRIO-PR (Técnicos: Matheus Costa) 

Simão; Fábio Alemão, Reniê, Rodolfo Filemon e Fabiano; Leandro Vilela (Alex Silva, aos 10’-2ºT), Marcelo Santos (Rafael Longuine, aos 23’-2ºT) e Marcelo Oliveira (Pedro Ken, aos 23’-2º); Thomaz (Felipe Garcia-intervalo), Paulo Sérgio e Djalma Silva (Gustavo Coutinho, aos 41’-2ºT)

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Foto: Bruno Haddad

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