Corinthians vence o Fluminense e é campeão brasileiro

Na numerologia, um dos significados do 7 é a perfeição. O Brasileirão de 2017 do Corinthians não foi perfeito, mas foi bom o suficiente para garantir o título com três rodadas de antecedência. Nesta quarta-feira, o Timão venceu o Fluminense por 3 a 1, de virada, em sua Arena, e sagrou-se campeão brasileiro pela sétima vez.

O hepta veio nesta quarta-feira graças ao 7 do Corinthians. O atacante Jô, com o número às costas, marcou dois gols em quatro minutos no segundo tempo. Com isso, ele assumiu a artilharia do campeonato, com 18 gols, ultrapassando Henrique Dourado, justamente do Fluminense, que permanece com 17.

É fácil listar sete motivos para o título corintiano. Um sistema eficiente de jogo definido desde o início do ano, uma defesa sólida (a menos vazada), a manutenção de praticamente todos os jogadores, a mudança na equipe ideal nesta reta final de campeonato (com as entradas de Clayson e Camacho), a retomada da confiança após a vitória contra o Palmeiras (justamente a sete jogos para o fim do campeonato), o brilho de Jô e o apoio da Fiel.

Também é fácil listar sete motivos que explicam o motivo de o Fluminense estar mais perto da zona de rebaixamento do que de classificação para a Libertadores. Time jovem que se desestabiliza rapidamente, fragilidade defensiva, pouca criatividade no meio de campo, falta de pontaria, pouca velocidade para contra-atacar, pouca experiência para cadenciar o jogo e muitos erros de passes.

Apesar de todos esses problemas, foi o Flu quem abriu o placar no primeiro minuto de jogo e assustou a torcida corintiana, que estava extremamente confiante no título garantido nesta quarta-feira. Após cobrança de escanteio, Henrique apareceu entre a zaga alvinegra e cabeceou sozinho.

O Corinthians, por sua vez, não se abateu e pressionou principalmente pelo lado direito. Porém, embora tivesse a posse de bola bem maior, o Timão não conseguia assustar o goleiro Diego Cavalieri. Até chegar a etapa final…

Não deu nem tempo de ver se a entrada de Jadson surtiria efeito que Jô empatou, após cruzamento perfeito de Clayson. Cerca de três minutos depois, o camisa 7 apareceu de novo e virou o jogo, aproveitando a sobra da bola que Clayson tentou cruzar e bateu no travessão.

Na frente do placar, o Corinthians não teve muito trabalho, marcou o terceiro com Jadson e garantiu o primeiro título nacional em sua Arena (em 2015, foi campeão contra o Vasco, no Rio de Janeiro). O Timão agora é o maior vencedor da era dos pontos corridos, com quatro conquistas (2005, 11, 15 e 2017).

Nos acréscimos, a festa conseguiu ficar ainda mais completa. O ídolo Danilo, multicampeão pelo clube, voltou a jogar – não atuava desde 31 de julho de 2016, um mês antes de sofrer fratura na fíbula e na tíbia da perna direita em um treino.

Com a festa sem defeitos, o Corinthians consagra seu ano praticamente perfeito, com os títulos brasileiro e paulista. E isso que o Timão foi considerado a quarta força do estado no início do ano, e agora mostra que é a primeira força do país.

Mesmo que o troféu do Brasileirão não tenha ido para Itaquera, o destino já está garantido: Rua São Jorge. E sabem qual número? 777!

FICHA TÉCNICA 
CORINTHIANS 3 x 1 FLUMINENSE

Local: Arena Corinthians, São Paulo (SP)
Data e hora: 15/11/2017 – 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Braulio da Silva Machado – SC (CBF)
Auxiliares: Kleber Lucio Gil – SC (FIFA) e Neuza Ines Back – SC (FIFA)
Público/Renda: 45.775 pagantes (46.189 público total)/R$ 2.882.688,00
Cartões amarelos: Gabriel (COR): Henrique Dourado, Reginaldo, Léo, Pedro e Henrique (FLU)
Gol: Henrique, 1’/1ºT (0-1); Jô, 1’/2ºT (1-1); Jô, 3’/2ºT (2-1) e Jadson, 39’/2ºT (3-1)

CORINTHIANS: Caíque França; Fagner, Pedro Henrique, Pablo e Arana; Gabriel e Camacho (Jadson – intervalo); Rodriguinho, Clayson (Maycon – 39’/2ºT) e Romero; Jô (Danilo – 48’/2ºT). Técnico: Fábio Carille

FLUMINENSE: Diego Cavalieri; Lucas, Reginaldo, Henrique e Léo; Marlon Freitas (Pedro – 33’/2ºT), Wendel, Gustavo Scarpa, Sornoza (Matheus Alessandro – 19’/2ºT) e Marcos Júnior (Peu – 27’/2ºT); Henrique Dourado. Técnico: Abel Braga

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