CBF pede à Fifa explicações sobre o não uso do VAR em jogo do Brasil

Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

A CBF enviou uma carta à Comissão de Arbitragem da Fifa para tentar entender por que o árbitro de vídeo não foi usado em lances polêmicos no empate por 1 a 1 com a Suíça. De acordo com o coordenador de seleções, Edu Gaspar, causou estranheza na entidade brasileira a não utilização do VAR no gol marcado por Zuber. A reclamação é de que o zagueiro Miranda foi empurrado pelo suíço no lance.

A intenção da CBF é manifestar o descontentamento quanto à atuação do árbitro mexicano César Ramos, que se negou a olhar o telão após o lance, e entender quais são os critérios para o uso do VAR durante os jogos. A tecnologia está presente pela primeira vez em uma Copa do Mundo e já foi usada em outros jogos do torneio.

– O lance do Miranda é muito claro. E não estou justificando o resultado. Muito claro. O lance do pênalti é passivo de interpretação. Mas o primeiro não. Não dá para conceber alto nível dessa forma – ponderou Tite, no último domingo, logo após a partida em Rostov.

Além do lance de Miranda, causou estranheza no Brasil o não uso do VAR em lance envolvendo o atacante Gabriel Jesus, que teria sido abraçado na área pelo zagueiro Akanji. Mesmo quando o árbitro não assinala o contato faltoso, o árbitro de vídeo pode alertá-lo quanto à irregularidade da jogada e solicitar que o mesmo veja o vídeo na beira do gramado. Isso não aconteceu na partida em Sochi.
O Brasil volta a campo na próxima sexta-feira, às 9h (horário de Brasília), para enfrentar a Costa Rica, no segundo jogo do Grupo E, em São Petersburgo.

Confira o comunicado oficial da CBF:
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) encaminhou, nesta segunda-feira, 18, um ofício à FIFA questionando os procedimentos adotados pelo Video Assistant Referee (VAR) na partida entre Brasil e Suíça, válida pela primeira rodada do Grupo E da Copa do Mundo Rússia 2018.

No documento, a CBF solicita esclarecimentos em relação ao cumprimento do Protocolo VAR – Versão 8, que prevê, em seu item 2, quatro decisões revisáveis: gols, decisões em penais, cartão vermelho direto e identidade equivocada.

A CBF requer da FIFA a razão pela qual a tecnologia não foi utilizada em lances capitais da partida.

Lancenet

 

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