Ednaldo afirma que irá pedir veemência em luta contra o racismo e VAR em todos os jogos entre seleções
Após o empate em 3 a 3 entre Espanha e Brasil, em Madri, partida que ficou marcada por dois pênaltis polêmicos para os espanhóis, o presidente da CBF Ednaldo Rodrigues disse que irá pedir VAR à Fifa em jogos entre seleções.
O jogo entre Espanha e Brasil, no Santiago Bernabéu, nesta terça-feira, não teve o árbitro de vídeo. Segundo o presidente da CBF, a escolha cabia à Uefa, que não optou pela disponibilidade da ferramenta.
– Acho que o VAR veio para ficar. A CBF coloca VAR na Série A, na B, na C, na D, no feminino, nas divisões de base, e é a confederação no mundo que mais utiliza o VAR. A CBF vai sim comunicar para a FIFA, que não só em jogos da seleção brasileira, mas em qualquer jogo que seja data Fifa e que seja amistoso, que tenha obrigatoriedade de utilizar o VAR. Porque acho que compromete o espetáculo e isso não pode ser assim. Um futebol que é tão avançado na Europa, deixou a desejar em uma partida tão importante. E qualquer que fosse o jogo. Não cabe mais não utilizar o VAR.
– É A UEFA porque os amistosos de data Fifa sempre são norteados por uma confederação. Se fosse no Brasil, era a Conmebol. A Federação Espanhola pode ate exigir que tenha o VAR, mas caberia a confederação determinar que houvesse. Portanto, a CBF vai sim colocar para Fifa que daqui para frente seja obrigatório ter o VAR em quaisquer jogos de seleções nacionais em data Fifa.
Ednaldo disse que terá um posicionamento forte contra qualquer tipo de preconceito no próximo congresso da Fifa, no dia 17 de maio, na Tailândia. Ele afirmou que pedirá um combate com “muita veemência”.
– Sempre lutamos bastante para que possamos fazer com que mais vozes se unam a nós. Colocamos isso para o mundo inteiro e com certeza o objetivo foi muito bom. Só vai ser atingido o objetivo completo quando outras confederações e instituições possam estar fazendo da mesma forma que o Brasil está procurando fazer. A FIFA, no congresso que vai acontecer em 17 de maio, na Tailândia, vai ter uma posição muito forte, exigindo que as 211 federações filiadas à Fifa também possam fazer com que todo e qualquer tipo de discriminação no futebol seja combatido com muita veemência. Assim com o Brasil fez, colocando no seu regulamento geral de competições penas desportivas.
Retirado doGloboesporte.com
Ednaldo Rodrigues é presidente da CBF — Foto: Vitor Silva/CBF