A festa era total antes do jogo, César Brasil cantava o novo hino alvinegro por todos os cantos da cidade, outros veículos de comunicação anunciavam o grande jogo, as portas das residências se abriam e seu moradores, ou melhor, torcedores saiam em festa a gritar, estamos indo para o Colosso do Tapajós e vamos trazer esse título inédito para a nossa cidade e torcer pelo São Raimundo do meu coração. Era assim! O Pantera virou febre na cidade. Tudo que se fazia com as cores, preto e branco, se vendia. As camisetas bateram recorde de vendas e de versatilidade, afinal, Santarém era representada por um Pantera faminto por um título Brasileiro, no 1º jogo da afinal no Rio de Janeiro teve a prova que tudo podia acontecer era só acreditar e lutar com unhas e dentes de uma verdadeira fera mais temida do Pará. Estádio lotado, torcedores espremidos uns aos outros, coração disparado, ou é agora ou nunca.
Eu temia pelo nervosismo de nossos atletas para a decisão inédita, mas quando vi o Labilá se ajoelhar no gramado e repetir a cena que fazia a torcida delirar, com suas preces intimas, não tive dúvida, esse jogo é nosso. Pensava na minha esposa, nos meus filhos, na minha filha e nas minhas netinhas, que ali estavam e não entenderiam uma derrota dentro de uma festa tão bonita e que era nossa. Então pedi a Deus: “Faça ganhar o time que merecer, mas, esses teus filhos que estão aqui vibrando acreditam que, quem luta pela conquista sem passar por cima de ninguém será sempre o vitorioso. Vou aguardar se vamos merecer.” Quando o Macaé fez 1×0, eu olhei para a torcida na minha frente, estava pasma como eu. Então falei bem alto ao Clenildo Vasconcelos, que estava ao meu lado sofrendo como nós: “O jogo não acabou amigo!”… A bola bailou na cabeça de Rafael Oliveira e Michel bateu pra dentro do gol do Macaé, e foi buscar a bola apressado para o adversário continuar o jogo… Marcelo Ptibull morde todo mundo pela esquerda e cruza melimetricamente na área, Rafael Oliveira olhou e viu o anjo enviado amortecer pra ele na medida, e num leve toque coloca pra dentro do gol adversário. Agora era só esperar o árbitro dar o apito final e deu. São Raimundo, o Pantera Negra do Oeste do Pará é Campeão Brasileiro.
Com os olhos brilhando ele mirava a grande torcida: “Nunca tinha visto uma torcida tão real na paixão por um clube de futebol, vim ver aqui na cidade de Santarém, foi uma lição de vida, foi mais um aprendizado, que o verdadeiro futebol brasileiro não está só nas cidades grandes.” (Rodrigo Araújo – SPORTV-RJ). Este é o presente de todos nós, ninguém vai tirar este título do Pantera e nesse Domingo de Festa, Parabéns, Nação Alvinegra, nos seus 67 anos de Glórias.
Tu nos alegras com tantas conquistas inéditas, que tal nos presentear com mais um inédito neste ano no Parazão? Feliz Aniversário São Raimundo, Nosso Ideal, Nossa Paixão, o Clube do Nosso coração.
Raimundo Gonçalves ( Torcedor Alvinegro )