Há quem diga que comparação entre jogadores nunca é saudável. Ainda mais quando o exemplo teve de interromper a carreira por acusação de assassinato. Mas Felipe sabia que, assim que o árbitro determinou que a vaga para a final entre Flamengo e Botafogo seria decidida nos pênaltis, a lembrança de Bruno seria inevitável para os rubro-negros.
O goleiro, atualmente detido em Minas Gerais, era especialista na arte de desmoralizar batedores. Só contra o Botafogo foram dois títulos cariocas desta forma (2007 e 2009)
Sabia que numa disputa por pênaltis a responsabilidade aumentaria, pelo histórico dele. Foi importante para que eu possa conquistar meu espaço, mas não quero ser o novo Bruno. Quero ser o Felipe, mas sei que falando de pênalti o Bruno era um monstro – afirmou o goleiro.
Na roda antes da disputa, Felipe pediu a palavra.
– Falei para os companheiros: caprichem, que eu pego dois. Deu certo. Sabia que do outro lado tinha um dos melhores goleiros do Brasil – disse.
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