Decisão da Justiça do Rio de Janeiro determinou realização de novas eleições em 30 dias
A decisão judicial que retirou Ednaldo Rodrigues do cargo de presidente da CBF e determinou a realização de novas eleições na entidade em até 30 dias está sob análise dos departamentos jurídicos da Conmebol e da Fifa.
Nos próximos dias, as duas entidades vão estudar a decisão, o contexto e os personagens envolvidos para se certificarem de que não houve nenhum tipo de interferência externa na CBF – algo que é proibido pelos estatutos tanto da Conmebol quanto da Fifa.
Nesta quinta-feira, durante o julgamento no Tribunal de Justiça que resultou na destituição de Ednaldo Rodrigues, tanto Conmebol quanto Fifa enviaram cartas para a CBF nas quais lembraram dessa proibição.
O ge apurou que não existe qualquer risco de punição esportiva ao Fluminense, que disputa o Mundial de Clubes na Arábia Saudita entre 12 e 22 de dezembro deste ano. Tampouco existe intenção de punir as seleções brasileiras ou clubes brasileiros que disputem outros torneios internacionais.
O que hoje parece mais possível, segundo pessoas com conhecimento da situação, é que, caso Conmebol e Fifa detectem alguma interferência externa na CBF, haja algum tipo de punição administrativa.
Foi o que aconteceu com a Argentina em 2016. Depois de uma grave crise política – que envolveu até uma eleição com 75 votantes que terminou empatada por 38 a 38 – a Fifa fez uma intervenção na Associação de Futebol Argentino e nomeou um “Comitê Normalizador” para comentar a AFA.
A intervenção da Fifa, que também tinha dirigentes da Conmebol em sua composição, administrou a AFA durante 251 dias, período em que reformou seus estatutos e convocou novas eleições. Em 30 de março de 2017, Chiqui Tapia foi eleito presidente da AFA, cargo em que está até hoje.
Retirado do Globoesporte.com
Ednaldo Rodrigues foi destituído da presidência da CBF — Foto: Fred Gomes