Ex-treinador da Seleção vai à Justiça e alega que foi alvo do delito de injúria
O técnico Tite, que comandou a seleção brasileira nas duas últimas Copas do Mundo e atualmente está desempregado, apresentou uma queixa-crime na Justiça contra o ex-jogador e hoje comentarista Neto. A defesa de Tite alega que Neto praticou o delito de injúria em seu programa na TV Bandeirantes em 9 de dezembro de 2022, logo após a eliminação do Brasil para a Croácia nas quartas de final da Copa do Catar.
Na ocasião, Neto usou os seguintes termos para se referir ao treinador: filho de uma p…, desgraçado, sem-vergonha, burro, idiota, imbecil e vagabundo.
Os advogados do técnico alegam que “as sete expressões – algumas delas proferidas repetidamente – formam um conjunto inequívoco de ofensas, qualquer que seja o contexto em que proferidas. Possuem elevado caráter pejorativo e não têm outro sentido senão o de atingir a honra do querelante [Tite], ofendido em sua dignidade (respeitabilidade) e seu decoro”.
Na queixa-crime, os representantes de Tite pedem que Neto sofra as sanções estipuladas nos artigos 140 e 141 do Código Penal. A pena prevista é de detenção de um a seis meses ou multa, mas pode ser elevada em um terço quando o crime é cometido na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, e pode ser triplicado quando divulgado em redes sociais. No caso, os comentários foram também retransmitidos pelo Youtube, obtendo 2,5 milhões de visualizações na plataforma, segundo a defesa do treinador.
A ação foi aberta na última quarta-feira no Fórum Regional de Pinheiros, em São Paulo.
Procurado pela reportagem do ge, Neto informou que seus advogados estão analisando os casos e que não irá se manifestar. O técnico Tite não respondeu até o momento.
Retirado do globoesporte.com
Tite, ex-técnico da seleção brasileira, durante a Copa do Catar — Foto: Visionhaus/Getty Images