Hotel que teve surto de diarreia de três times da Copinha é interditado pela Vigilância Sanitária

61 pessoas passaram mal na semana passada, sendo 48 jogadores e 13 integrantes das comissões técnicas do Ceará, Rio Claro e Madureira

O hotel onde 61 pessoas foram afetadas por um surto de diarreia foi interditado pela Vigilância Sanitária nesta quarta-feira. Ao todo, 48 jogadores e 13 integrantes das comissões técnicas do Ceará, Rio Claro e Madureira passaram mal no hotel, em São Roque, no interior paulista.

O surto de casos aconteceu na semana passada no Hotel Alpino, onde atletas e membros da comissão técnica estavam hospedados para disputar a primeira fase do Grupo 22 da Copa São Paulo de Futebol Júnior. O motivo, segundo as delegações dos três clubes, foi o jantar servido pelo hotel.

Conforme a Vigilância Sanitária, o local foi interditado após a constatação de diversas irregularidades sanitárias, feitas depois de uma visita técnica no hotel.

O departamento de saúde informou que notificou o hotel na segunda-feira de que eles tinham 48h para desocupar o prédio. Diante disso, agentes de saúde foram ao estabelecimento para interditar o local.

Além dos casos de diarreia, o hotel Alpino também ficou sem luz na noite desta terça-feira, deixando jogadores presos no elevador e outros jantando apenas com as lanternas dos celulares.

A Vigilância Sanitária informou ainda que, após a regularização de todos os problemas, o hotel poderá retomar suas atividades.

Na semana passada, a Prefeitura de São Roque informou que, após as visitas técnicas, o Hotel Alpino recebeu três autuações pelo descumprimento de normas sanitárias vigentes, dentre elas o não cumprimento de diretrizes envolvendo a manutenção do poço artesiano utilizado pelo empreendimento (para seu abastecimento), bem como os parâmetros relacionados a qualidade da sua água, responsabilidades exclusivas do estabelecimento citado.

Casos de diarreia

O time mais afetado foi o Rio Claro, que teve 18 jogadores que passaram mal, sendo 12 hospitalizados. Outros dois integrantes da comissão técnica também foram atingidos.

Dos 19 jogadores trazidos pelo Madureira, 16 passaram mal e nove foram hospitalizados. Um deles precisou ainda voltar ao hospital na quinta-feira. Seis membros da comissão técnica do clube também sentiram os efeitos, mas não precisaram ir ao hospital.

Já o Ceará teve 14 jogadores com “quadro severo de intoxicação alimentar”, com cinco deles precisando ir a hospitais.

O Alpino é um hotel de quatro estrelas construído no final da década de 1980. Está instalado em São Roque, cidade turística com diversas vinícolas e atrações de inverno.

Os efeitos foram sentidos pelos jogadores entre a noite de terça e quarta-feira da semana passada. Alguns atletas chegaram a jogar na primeira rodada, após serem medicados.

O diretor da sede de Alumínio é o presidente do Sharjah Brasil, Marcelo Neres, que enviou ao ge uma nota oficial em que informou que a primeira medida adotada foi a “interrupção no consumo de qualquer item alimentício fornecido pelo hotel, assim como o fornecimento de alimentação e água de estabelecimentos externos”.

Ou seja, a partir daquele momento, a alimentação dos clubes ficou sob responsabilidade do Sharjah Brasil.

Questionada antes da interdição, a sócia-diretora do Hotel Alpino, Alexandra Meluzzi Miletic, rebateu as acusações de intoxicação alimentar e disse não haver comprovação de que este seja o quadro dos atletas acometidos pelos sintomas.

Segundo a diretora do hotel, a cidade de São Roque estaria sofrendo com um surto de virose gastrointestinal. Ela dizia acreditar que os sintomas sejam provocados pela contaminação da água.

Retirado do Globoesporte.com

Restaurante do Hotel Alpino, em São Roque — Foto: Divulgação/Hotel Alpino

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