Atacante lamenta não ter podido abraçar rubro-negros no Aeroporto Santos Dumont por questões de logística e já imagina Maracanã lotado
O Flamengo oficializou nesta sexta-feira a contratação do atacante Marinho, que estava no Santos. Ele desembarcou no Rio de Janeiro na noite de quinta-feira, foi ao Ninho do Urubu nesta manhã e teve o primeiro contato com os companheiros e com o técnico Paulo Sousa. Seu contrato é de dois anos.
Marinho festejou o fato de poder realizar o sonho do pai, José Carlos, e da irmã, Cristiane, ambos rubro-negros. Ele, aliás, disse que a cidade onde nasceu, a alagoana Penedo, é toda flamenguista. O Mapa das Curtidas do Facebook promovido pelo ge em 2017 confirma que a preferência pelo Flamengo na região é arrebatador.
– Muito grande (a expectativa de ser dirigido por Paulo Sousa), mais ainda é um privilégio vestir essa camisa. Seu José que vai estar feliz demais, nem consegui falar direito com ele porque ele saiu avisando para os vizinhos. É um sonho realizado do meu pai e meu também porque toda a minha cidade é flamenguista. Imagino que os pedidos vão aumentar e a cobrança também.
– Eu acho que foi uma emoção muito grande porque eu sabia que dentro de casa todo mundo vai continuar vestindo a camisa. Nada melhor que eles poderem usar a camisa com o meu nome. A gente chega na cidade já imaginando o Maracanã e essa torcida, que eu conheço bem quando jogava contra. Agora poder estar a favor e realizar tudo que eu sonho e que é o sonho da minha família também.
Sabedor de que carinho e críticas virão de forma proporcional ao que apresentar em campo, o camisa 31 afirmou estar louco para conquistar a torcida.
– Mas é uma honra muito grande estar vestindo essa camisa porque todo jogador sonha em jogar no Flamengo. Espero que meu futebol e o meu jeito de ser venham a cativar a nação e venha ajudar o Flamengo.
Para não começar patinando, Marinho fez questão de afirmar que não driblou os torcedores presentes no Aeroporto Santos Dumont na quinta-feira, dia do desembarque no Rio. Não pôde ir ao encontro deles por conta da logística que lhe foi solicitada por funcionários do local.
– Agradecer o carinho que tive. Parei no aeroporto ontem. Devido à logística não consegui dar um carinho e um abraço em todos que estavam ali. Como a logística estava diferente, acabei saindo. Só pedir desculpa quem foi, e o Marinho está aí para ajudar. Vou ser um guerreiro em campo, pode ter certeza.
O desejo de Marinho foi preponderante para desamarrar o nó entre Flamengo e Santos. O atacante abriu mão da dívida que o Peixe tinha com ele em nome do salário que receberá no Rio (quase o dobro). Assim, a negociação foi finalizada em US$ 1,3 milhão (R$ 7 milhões).
Marinho chega ao Flamengo para ocupar o espaço deixado por Michael, vendido ao Al Hilal, da Arábia Saudita. Antes, o clube também perdeu Kenedy, que retornou ao Chelsea.
Aos 31 anos, Marinho é o primeiro reforço do Flamengo para a temporada. Após começar a janela de transferências priorizando o acerto com o novo treinador, a diretoria contratou o português Paulo Sousa e voltou seus olhares para contratações de atletas.
O clube continua no mercado e tem a ideia de contratar mais quatro jogadores: outro atacante, um volante, um zagueiro e um goleiro.
Marinho foi revelado pelo Fluminense, pelo qual estreou nos profissionais em 2008, mas deixou o clube ao fim do mesmo ano. Assinou com o Internacional e depois passou por alguns clubes até ganhar destaque no cenário nacional, pelo Ceará, em 2015. Negociado com o Cruzeiro, não conseguiu se firmar e foi emprestado ao Vitória. Na equipe baiana, fez excelente Brasileirão em 2016 e acabou se transferindo ao Changchun Yatai.
A volta ao Brasil ocorreu em 2018, quando chegou ao Grêmio, mas também teve dificuldade de se firmar na equipe gaúcha. Anunciado pelo Santos em maio de 2019, caiu nas graças da torcida, especialmente depois de ótima temporada em 2020, quando a equipe chegou à final da Libertadores. O jogador manteve o excelente rendimento em 2021 e pediu para deixar o Peixe.
Retirado do Globoesporte.com
Marinho é anunciado pelo Flamengo — Foto: Reprodução
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