Prêmio da Fifa coroa período de muitos gols e títulos pelo Bayern de Munique, mas também a longa trajetória de dedicação e desenvolvimento pessoal do polonês
Pode soar como heresia a afirmação de que Lewandowski era favorito em uma disputa pelo título de melhor jogador do mundo contra Messi e Cristiano Ronaldo. Mas era. E venceu. Foi o mais votado nos quatro grupos: capitães, técnicos, jornalistas e internautas. A primeira opção para quase 60% do colégio eleitoral da Fifa.
– Isso é especial. Messi e Ronaldo estão jogando no mais alto nível por anos e eu agora consegui ficar próximo deles de certa forma. Isso significa que todo o trabalho valeu a pena. Eu não teria atingido isso sem o meu time, eles que criam as situações para mim. Vai levar um tempo para absorver tudo o que conquistei e acho que vou ter um pouco de dificuldade para dormir (risos). Mas estou muito feliz – disse o centroavante depois da cerimônia.
Por causa da pandemia do coronavírus, o período de avaliação desta edição do prêmio The Best foi esticado, de 8 de julho de 2019 a 7 de outubro de 2020. Essa janela de tempo cobriu 58 jogos do atacante: 53 da temporada passada mais cinco da atual (2020/21), incluindo os compromissos pelo Bayern de Munique e pela seleção da Polônia.
Lewandowski marcou 64 gols nesse intervalo, em 72,4% das partidas disputadas. Também anotou 14 assistências. O centroavante de 32 anos foi o expoente de um Bayern que conquistou praticamente tudo o que disputou: Bundesliga, Copa da Alemanha, Champions League, Supercopa da Alemanha de 2020 e Supercopa da Europa.
Títulos, marcas individuais expressivas, faro de gol, dedicação… Entenda por que o polonês assumiu o trono do futebol mundial.
Lewandowski foi o principal personagem da temporada avassaladora do Bayern de Munique em 2019/20. O atacante disputou 47 jogos do time alemão, esteve em campo 4.135 minutos, fez 55 gols – média superior a um por partida – e deu nove assistências.
Seu melhor desempenho foi justamente no palco mais importante: a Liga dos Campeões. Alcançou a artilharia isolada do torneio, com 15 gols em 10 jogos. Levando em consideração o tempo em que ficou em campo, fez um gol a cada hora. Só não balançou as redes, curiosamente, na decisão contra o Paris Saint-Germain. Além disso, anotou cinco assistências para o melhor ataque da Champions (43 gols).
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