Policiais encontraram quase R$ 8,5 mil com ele após ação em duas agências bancárias de Cordeirópolis, no interior de São Paulo; delegado diz que ex-jogador já era monitorado
O ex-meia Piá, com passagens por Ponte Preta, Corinthians e Santos, está novamente envolvido em um caso de polícia. Ele, que atualmente trabalha como técnico de futebol, foi preso em flagrante neste sábado em Cordeirópolis, no interior de São Paulo, por furto de envelopes de depósitos em caixas eletrônicos.
Segundo o delegado William Marchi, de Cordeirópolis e da DIG de Limeira, Piá já vinha sendo monitorado e estava acompanhado de outra pessoa. Os dois – ambos de 46 anos – foram detidos quando deixavam a segunda agência bancária da cidade e levados para a delegacia local. Os policiais encontraram com eles R$ 141 em dinheiro e um cheque no valor de R$ 8.300,00.
Depois de prestarem depoimentos, Piá e o companheiro foram transferidos para Limeira, onde passarão a noite em uma unidade prisional. Uma audiência de custódia está marcada para o início da tarde de domingo para avaliar os próximos passos do caso.
É a quarta vez que Piá é preso pelo mesmo tipo de crime. As outras aconteceram entre 2014 e 2015. Na última, ele chegou a ficar oito meses na cadeia. Piá também já tinha passagens por porte de drogas e armas, além de falta de pagamento de pensão.
Segundo a Guarda Municipal, Piá passou a ser monitorado há alguns dias a partir de informações de que ele estava agindo em cidades da região. O levantamento encontrou o veículo que ele utilizou em outras ações e colocou a placa no sistema de alerta de Cordeirópolis, que acusou quando ele entrou na cidade na manhã deste sábado.
Em ação conjunta, viaturas da Guarda Municipal, Polícia Militar e Polícia Civil encontraram o veículo estacionado próximo à área central. Os policiais aguardaram a saída da agência e fizeram a abordagem. Também foram apreendidos equipamentos para “pescar” envelopes, cheques, dinheiro.
De acordo com o Boletim de Ocorrência, registrado como furto qualificado, Piá estava de motorista e ficou no carro enquanto o companheiro realizava a ação. O documento ainda diz que os dois confessaram a “prática delitiva”.
Histórico
A primeira vez que Piá teve o nome envolvido em caso policial foi em julho de 1999, quando ele, então atleta da Ponte Preta, foi indiciado como coautor do assassinato de um mecânico, em uma lanchonete de Limeira. A acusação era que Piá foi o responsável por dar a ordem para um primo pegar o revólver em seu carro e atirar na vítima. Ele foi absolvido.
Piá parou de jogar em 2011, pelo Aparecidense-GO. O auge da carreira foi entre 1999 e 2003, quando fez parte dos times da Ponte que atingiram as semifinais do Paulistão e também da Copa do Brasil, além das quartas do Brasileirão.
Já as passagens por Corinthians e Santos foram bem mais discretas. Pelo Timão, atuou apenas sete jogos durante o Brasileirão de 2004 antes de ser liberado pelo clube.
No Peixe, foi comprado ainda no início da carreira, em 1996, mas nunca se firmou e acabou repassado a outros times até ser comprado pela Macaca, em 2000. Durante o período no Santos, aliás, Piá conta que o Rei Pelé foi até o seu apartamento para cobrá-lo pelo comportamento pouco profissional fora de campo.
Além de Macaca, Corinthians e Santos, ele defendeu, entre outros clubes, Portuguesa, Santa Cruz, Coritiba, Inter de Limeira, Bragantino, São Raimundo, Rio Preto e Independente de Limeira, entre outros. Foram 26 clubes ao todo durante a carreira. Como treinador, dirigiu Independente, Novoperário, Batatais e Paraíba do Sul-RJ mais recentemente.
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