O Remo estava se classificando, mesmo com o empate, até os minutos finais da partida, mas saiu do G4 quando o Ypiranga marcou, aos 44 do segundo tempo, o gol da vitória sobre o Juventude, em partida paralela no Colosso da Lagoa. O time de Erechim deu um salto na tabela, foi parar na liderança e jogou os remistas para quinta colocação, com 27 pontos. O Paysandu, por sua vez, ficou um ponto acima, em quarto lugar, com 28 pontos, e vai enfrentar o Náutico nas quartas de final.
O peso que o clássico carrega por si só foi potencializado em razão de todo o contexto que envolveu a partida. Há cerca de dezenove anos os rivais não faziam uma partida tão decisiva por um torneio nacional. A última vez que isso aconteceu foi na disputa do terceiro lugar do módulo amarelo da Copa João Havelange de 2000, quando os azulinos venceram por 3 a 2 na ida antes de um empate por 1 a 1 na volta.O clássico Re-Pa está no livro dos recordes como o ‘clássico mais disputado do futebol mundial’. Já foram 748 confrontos, com vantagem do Remo em número de vitórias. São 261 contra 233 do Paysandu e 254 empates, um total de 28 vitórias a mais do Leão. Em gols marcados há grande equilíbrio. O Remo marcou 950 contra 948 do Paysandu, diferença, portanto, de apenas dois gols.
GOL NO INÍCIO E PÊNALTI PERDIDO
O Paysandu marcou presença no campo de ataque logo nos primeiros momentos do jogo, em busca de pressionar o rival, mas a estratégia não deu certo, uma vez que foi o Remo quem saiu na frente no placar, e não demorou nada para isso. Com apenas seis minutos de bola rolando, Wesley ficou com a bola após trapalhada de Micael e chutou para Mota espalmar. No rebote, o próprio Wesley ficou com a bola e desta vez colocou na rede.
Depois do gol sofrido, o Papão tomou as rédeas da partida e trocou muitos passes em busca de achar espaços na defesa do Leão, que ficou bastante acuado durante praticamente toda a sequência da etapa inicial. De qualquer maneira, os bicolores só conseguiram pressionar nos minutos finais antes do intervalo, em boas chegadas de Wesley Pacheco e Marcão.
A melhor chance veio aos 46 minutos, quando o árbitro marcou pênalti após puxão de Marcão em Micael dentro da área. Tomas Bastos foi para cobrança, escorregou e mandou a bola para muito longe. No instante seguinte, o remista Fredson e o bicolor Léo Baiano se estranharam e o primeiro tempo acabou em meio a uma discussão generalizada.
SEM FORÇA
O Paysandu voltou para o segundo tempo em busca de colocar pressão no adversário, mas o nervosismo atrapalhou bastante. O time cometeu muitos erros e teve dificuldade em criar chances claras de gol. Aos poucos, conseguiu achar espaços e quase fez com Nicolas, aos 26. No minuto seguinte, a bola entrou. Vinícius Leite recebeu perto da meia lua e bateu colocado, no cantinho, para fazer.
Como o resultado o favorecia, o time bicolor tirou o pé nos minutos finais e se dedicou a administrar o resultado, cauteloso para não espaço para o rival voltar à frente do placar. Dependendo do resultado entre Juventude e Ypiranga, o Leão sabia que não podia contar com o empate, mas também não assumiu muitos risco
Tony, Perema, Micael e Diego Matos;
Wellington Reis (Thiago Primão), Léo Baiano (Caíque Oliveira) e Tomas Bastos;
Nicolas, Wesley Pacheco (Vinícius Leite) e Hygor.
Ronael (Hélio), Fredson, Marcão e Daniel Vançan;
Yuri, Ramires, Dedeco (Lailson) e Eduardo Ramos;
Wesley (Gabriel Cassimiro) e Neto Baiano.