Mário Bittencourt é eleito presidente do Fluminense assume o clube na segunda-feira e diz: “Clube está mais vivo do que nunca”

Depois de Peter Siemsen e Pedro Abad, os sócios do Fluminense deram fim ao período de hegemonia política da Flusócio. Neste sábado, dia 8 de junho, Mário Bittencourt se tornou o 35º presidente dos 116 anos do Tricolor, ao vencer Ricardo Tenório na eleição antecipada do clube. Seu vice-presidente será Celso Barros. O mandato será de três anos e meio, até o final de 2022, e começa oficialmente na segunda-feira, data da posse.

A chapa “Tantas Vezes Campeão” de Mário e Celso obteve 2225 votos, contra 1032 da chapa “Libertadores”, de Ricardo Tenório e Wagner Victer. O número de brancos e nulos foi de 5 e 24, respectivamente. Foram 3286 votos no total. Após o resultado ser proclamado por Fernando Leite, presidente do Conselho Deliberativo, o novo mandatário deu declarações que dão um norte do que será a sua administração:

-O Fluminense está mais vivo do que nunca. É um clube que tem 5 milhões de torcedores, nossa marca é atrativa. Tanto que a nossa chapa foi procurada por empresas na eleição. Nós somos a história do futebol brasileiro e é inadmissível que quem sente nessa cadeira não entenda isso.

O discurso de grandeza contrasta com a atual dificuldade financeira do clube. Em toda da coletiva de imprensa, na qual o vice-geral Celso Barros, ex-presidente da Unimed/Rio, antiga patrocinadora do T, também falou, a urgência em pagar os salários atrasados, renegociar a dívida, conseguir um patrocinador e reforçar o elenco foram abordados.

Mas também houve espaço para emoção. Mário, hoje com 40 anos, embargou a voz ao lembrar a trajetória dentro do clube – começou como estagiário do departamento jurídico em 1998 -, e também emocionou seus correligionários ao fazer agradecimentos:

– Era um desejo, sim, ser presidente. Ele foi construído ao longo de muitos anos. Entrei aqui em 1998 como estagiário. Eu construí esse caminho, que foi me dando a experiência, apesar de ter 40 anos de idade. Tenho 20 anos de dia a dia conhecendo os problemas do Fluminense. Agora, contei com a experiência do Celso para sermos eleitos. A cabeça da gente vai mudando, tinha uma há 10 anos, agora estou mais maduro. Sou tricolor de família. Meu avô, meu pai, minha mulher… todos são tricolores. Depois da minha família, o Fluminense é a coisa mais importante da minha vida. Quero agradecer a todos e dizer que não vou chorar – completou.

Globoesporte

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