O Paysandu segue vivo na luta pela permanência na Série B do Campeonato Brasileiro. De forma justa, com categoria e eficiência, os bicolores bateram o Guarani-SP pela 36º rodada da Série B, por 2 a 0, com gols de Magno e Perema, a dupla paraense. A rodada foi benéfica. A distância para o CRB-AL, primeiro clube fora da zona de rebaixamento, caiu para dois pontos. Restam duas rodadas. Na próxima terça-feira, 13, o Papão pega o Figueirense, fora de casa, precisando de uma vitória para, quem sabe, se livrar do Z-4.
Cenário
A leitura do jogo foi aparentemente simples. As estratégias estavam definidas de forma clara. Em casa, o Guarani tentou se posicionar de forma ofensiva. Adiantou a marcação, com os zagueiros atuando em linha alta. A tática, contudo, esbarrou no bom posicionamento bicolor. O Paysandu aguardou o Bugre. Mas, não abdicou do ataque. Afinal, só a vitória interessava. No campo ofensivo, deixou Magno e Thomaz pelas duas extremas do campo. Os dois não tinham lado específico. Alternavam-se para confundir a marcação, atuando em velocidade e com liberdade para as jogadas individuais. Mike ficava mais centralizado. E o Papão foi mais agudo que o time adversário, principalmente, nos primeiros 25 minutos do primeiro tempo.
Tanto que as opções foram surgindo, aos poucos. Primeiro, Magno parou na trave após aproveitar indecisão da zaga. Na sequência, o gol. Perema lançou do campo de defesa, Magno disparou, ganhou do zagueiro e passou do goleiro, assinando o primeiro gol aos 18 minutos.
Sistema defensivo
Ficou evidente que o treinador João Brigatti trabalhou para posicionar vários jogadores atrás da linha da bola. Os dois laterais, por exemplo, ambos com vocação ofensiva, sobretudo, Guilherme Santos, ficaram presos, desdobrando-se na marcação. Nando Carandina e Renato Augusto priorizaram a marcação, ao contrário de jogos anteriores, quando Renato se lançava a frente. E a dupla de zaga atuou com seriedade. Qualquer perigo era afastado sumariamente com um chutão para cima. Como a equipe estava bem distribuída, o Papão até conseguia armar contra-ataques a partir de um chute da defesa. No primeiro tempo, a única chance do Guarani se consumou com um chute cruzado de Denner, fora da área, acompanhado por Renan Rocha.
Substituições e gol
Insatisfeito com a forma como o Guarani se comportou, o treinador Umberto Louzer optou por duas substituições no ataque. Tentou dar gás novo. O Bugre veio para cima. Mas, o Papão teve sorte e competência para ‘matar’ a reação do adversário. Logo aos quatro minutos, o meia Pedro Carmona bateu falta cruzada, desviou em Guilherme Santos e Ferreira e sobrou para o zagueiro Perema completar para o fundo da rede. 2 a 0 importantíssimo. Novamente, a bola parada funcionou a favor do Paysandu.
Pressão
Ao time anfitrião, diante da pressão da torcida, restava atacar. Em vários momentos, inclusive, o bicolor ficou com 11 jogadores no campo de defesa. E evitou a correria, que a essa altura, já não era mais interessante. Aos 26, o atacante do Bugre, Guilherme, perdeu chance clara em lance de bola aérea. Era um indicativo de que o Paysandu já atuava retrancado, para garantir o placar positivo. No entanto, não levou outros sustos.
E ainda teve chances para ampliar
Brigatti tentou sacudir o ataque colocando Hugo Almeida para protagonizar atenção do ofensivo Guarani. E trocar passes. Quando conseguiu, Guilherme Santos avançou e tocou para trás. Na frente do gol, Hugo bateu forte, mas a bola subiu. Magno também desperdiçou oportunidade, cara a cara com o goleiro, chutando fraco no centro do gol e facilitando as ações do camisa 1. Nos demais momentos, a bola ficou quase que somente no meio-campo. Para o bem do Paysandu. Segue a reação…
Ficha Técnica
Guarani – Agenor; Kevin, Philipe Maia, Ferreira e Romário; Willian Oliveira, Ricardinho, Denner (Erik) e Poveda, Longuine (Rondinele) e Matheus Oliveira (Guilherme). Técnico: Umberto Louzer
Paysandu – Renan Rocha, Matheus Silva, Diego Ivo, Perema e Guilherme Santos; Nando Carandina, Renato Augusto e Pedro Carmona (Willyam); Thomaz (Hugo Almeida), Mike e Magno (Marco Jr). Técnico: João Brigatti
Local: Brinco de Ouro – Campinas
Árbitro: Pericles Bassols Pegado Cortez (PE)
Assistentes: Clovis Amaral da Silva (PE) e Marcelino Castro de Nazare (PE)
Público: 1.158 (pagantes)
Renda: R$ 18.290,00
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