Foi tenso, equilibrado e um jogo de bom nível. Mas, por incrível que pareça, o placar ficou zerado. Paysandu e Vila Nova se enfrentaram pela 34º rodada do Campeonato Brasileiro da Série B, no estádio Serra Dourada. E o resultado frustrou as duas equipes, já que o Paysandu permanece na 18º posição, na zona de rebaixamento, com 34 pontos. E o Vila ficou em quinto lugar, não entrando no G-4, como queria.
Leitura do jogo
Tudo indicava que seria um jogo difícilimo. A teoria estava certa. Pelo menos, no primeiro tempo, o Paysandu sofreu. De uma forma que expôs a fragilidade do time bicolor e a superioridade do adversário. E o treinador João Brigatti bem tentou. Até surpreendentemente, sacou Thomaz da equipe, colocou Magno e mudou o sistema tático para o 4-3-3. Tentou claramente optar por velocidade ofensiva e força na marcação a partir do meio-campo, com a tríade de volantes Renato Augusto, Willyam e Felipe Guedes.
Cenário
A visualização do treinador bicolor foi correta. Ele sabia que o Vila ia impor velocidade e agressividade desde o início. O adversário adiantou a marcação, jogou os dois laterais no campo bicolor, numa tentativa de sufocar os visitantes. E conseguiu.
Chutes
Foram cinco chutes a gol em 15 minutos, com bola na trave. Outro lance perigoso do Vila foi oriundo de uma jogada ensaiada, quando Geovane bateu, Renan desviou e Fernando Timbó afastou o perigo. A tática alviceleste tinha um problema visível: o distanciamento entre o meio-campo e o ataque. De tão recuado, o Paysandu tinha o centroavante Hugo Almeida atuando como um volante, posicionando-se à altura da entrada da área de Renan Rocha, em lance de bola parada do rival.
Tentou, mas…
O Papão só conseguiu respirar aos 13 minutos, quando um contra-ataque parou na cadência de Hugo Almeida. Aos 24 minutos, finalmente, exploraram a velocidade de Magno, que ganhou o zagueiro, chutou cruzado e obrigou Mateus Pasinato a trabalhar. Mas, foi só. Voltou a ficar ataque do Vila contra a defesa do Paysandu. E antes do fim do primeiro tempo, Brigatti percebeu que não havia tempo a perder. Felipe Guedes não conseguia marcar de forma satisfatória, foi substituído por Nando Carandina. O fim do primeiro tempo também foi de alívio para o time paraense.
Segundo Tempo
O jogo ficou mais lento. Cadenciado. Era impossível o Vila manter o ritmo inicial até por uma questão física. Já o Paysandu estava melhor posicionado. A entrada de Nando Carandina foi positiva. E o jogo passou a fluir melhor para os bicolores. Aos 15, por exemplo, Willyam avançou pela lateral esquerda, chutou cruzado e Pasinato fez uma defesa difícil. Aos 25, Magno também arriscou de fora da área e levou perigo. Os dois lances comprovavam que o Paysandu passou a se lançar, mesmo que timidamente, no campo ofensivo.
Alterações
Com o bom momento bicolor, Brigatti resolveu agir. Tirou o improdutivo Hugo Almeida e tentou fôlego novo com Lúcio Flávio. E voltou a surpreender, tirando Willyam e colocando o lateral Matheus Silva. Matheus atuou no meio-campo. O treinador rival, Hemerson Maria, também colocou dois atacantes. Contudo, o Vila caiu de produção e só chegou próximo ao gol com lances de bola parada. Foi assim que Vinícius Leite parou na trave. Alex Henrique também quase marca.
Final
No final, pressão novamente do Vila Nova. Foi o fôlego final do time anfitrião. Adiantaram a marcação, jogaram no campo bicolor e tentaram lançamentos e jogadas individuais. Mas, o sistema defensivo funcionou e garantiu o empate sem gols.
Ficha Técnica:
Vila Nova – Mateus Pasinato; Moacir, Wesley Matos, Diego Giaretta e Gastón Filgueira; Geovane, Washington, Mateus Anderson (Alex Henrique), Alan Mineiro; Juninho (Vinícius Leite) e Rafael Silva (Elias). Técnico – Hemerson Maria
Paysandu – Renan Rocha, Maicon Silva, Fernando Timbó, Perema e Guilherme Santos; Renato Augusto, Willyam (Matheus Silva) e Felipe Guedes (Nando Carandina); Magno, Maike e Hugo Almeida (Lúcio Flávio). Técnico – João Brigatti
Estádio: Serra Dourada, em Goiânia.
Cartões amarelos: Fernando Timbó, Renan Rocha, Maicon Silva (PSC); Washington (Vila)
Cartões vermelhos:
Público: 18.467 (pagantes) 19.974 (total)
Renda: R$237.915,00
Árbitro: Wagner Reway (MT)
Assistentes: Alessandro Alvaro Rocha de Matos (BA) e Eduardo Goncalves da Cruz (MS)
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