Bahia segura pressão e passa pelo Botafogo nos pênaltis

Se era emoção que o Nilton Santos prometia, de emoção ele foi palco. Pela volta das oitavas de final da Copa Sul-Americana, o confronto nacional entre Botafogo e Bahia repetiu o placar da ida em Salvador, de 2 a 1 no tempo normal, mas agora a favor dos cariocas. Assim, a vaga foi decidida nos pênaltis, onde os visitantes se deram melhor e, por 5 a 4, calaram o estádio rival.

Depois de muito suar e segurar a pressão do Botafogo, o Bahia terá um novo desafio brasileiro pelo torneio continental, desta vez pelas quartas: o Atlético-PR, que passou pelo Caracas (VEN).

O CAMINHO DO PERIGO
Não havia espaço para passividade. Por isso, o Botafogo adotou a admirável postura da Libertadores do ano passado e apostou no compasso de sua torcida. Com 20 minutos, descobrira uma fragilidade maior no lado direito da defesa baiana e, por ali, chegou com muito perigo em três ocasiões. Lindoso desperdiçou duas chances e Pimpão, uma.

DECISÃO INTERNACIONAL? CHAMA ELE!
O Bahia já passava a cozinhar o jogo e, inclusive, deixou de abrir o placar em lance cristalino de Gilberto. Logo em seguida, o Tricolor pagou o preço. Pimpão roubou bola em cochilada de Grolli e empurrou com muita categoria para tornar o placar favorável aos mandantes.

RESPOSTAS RÁPIDAS
As emoções só haviam dado as caras. No lance de ataque seguinte, na casa dos 30 minutos, o time de Enderson Moreira encaixou linda jogada, que passou por Vinicius, Gilberto e Edigar Junio, o autor do gol de empate. E quem disse que o Botafogo queria ficar para trás? Matheus Fernandes e Bochecha exploraram o entrosamento da base, por dentro, e Matheus achou Luiz Fernando em profundidade. Drible no goleiro e tudo: caixa.

TENSÃO TOMOU CONTA
O segundo gol pouco antes do intervalo não trouxe a frieza nas tomadas de decisões; pelo contrário. Conclusão? Cenário ideal para o Bahia passar a ter o controle das ações e obrigar o time da casa a mexer para chamar a torcida, que passou mais sufoco, sobretudo nas bolas áreas,  do que adrenalina por chances de sua equipe. Não teve um que conseguiu se sentar até a hora dos pênaltis.

A HORA DA VERDADE
Após o apito final, o Bahia saiu-se melhor nos pênaltis, enquanto os Alvinegros viram os laterais perderem suas cobranças.

FICHA TÉCNICA
BOTAFOGO 2 (4)X(5) 1 BAHIA
Local: Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
Data-Hora: 3/10/2018 – 21h45
​​Árbitro: Germán Delfino (ARG)
Assistentes: Gustavo Rossi (ARG) e Ezequiel Brai Lovsky (ARG)
Público/renda: 28.256 pagantes e 30.234 presentes / R$ 446.410,00
Cartões amarelos: Matheus Fernandes (BOT); Vinicius, Flávio, Nino Paraíba (BAH)
Cartões vermelhos: –
GOLS: Rodrigo Pimpão, 26’/1ºT (1-0); Edigar Junio, 32’/1ºT (1-1); Luiz Fernando, 39’/1ºT (2-1).

NOS PÊNALTIS
BOTAFOGO: 
Rodrigo Lindoso (gol), Rodrigo Aguirre (gol), Marcinho (perdeu), Kieza (gol), Renatinho (gol), Moisés (perdeu)
BAHIA: Gilberto (gol), Zé Rafael (gol), Jackson (perdeu), Allione (gol), Nilton (gol) e Flávio (gol)

BOTAFOGO: Saulo, Marcinho, Carli, Igor Rabello e Moisés; Rodrigo Lindoso, Matheus Fernandes (Renatinho, 16’/2ºT) e Bochecha (Marcelo Benevenuto, 36’/2ºT); Rodrigo Pimpão, Kieza e Luiz Fernando (Aguirre, 32’/2ºT) – Técnico: Zé Ricardo.

BAHIA: Douglas; Nino Paraíba, Tiago (Jackson, 28’/1ºT), Douglas Grolli e Elton; Flávio, Nilton, Zé Rafael e Vinicius (Allione, 26’/2ºT); Edigar Junio (Clayton, 29’/2ºT) e Gilberto – Técnico: Enderson Moreira.

Lancenet

Sobre o autor