Vasco e Botafogo fizeram um amistoso com verniz de decisão de turno, neste domingo, no Estádio Nilton Santos. O resultado não influencia o desenho das semifinais do Campeonato Carioca. Além de caça-níquel (R$ 1 milhão no total para o vencedor), a Taça Rio não passou de período de preparação para os jogos derradeiros do Estadual. Quem aproveitou melhor foi o Gigante da Colina, que derrotou o Glorioso por 2 a 0, em pleno domingo de Páscoa. Douglas, um dos craques do torneio, é o grande herói do título cruz-maltino. Luis Fabiano, enfim, desencantou depois de sete jogos sem marcar.
Os jogadores do Vasco não são culpados pelo regulamento confuso do Carioca, portanto, merecem as glórias do título, assim como o técnico Milton Mendes, que mudou o time da água para o vinho.
Os 15 minutos iniciais foram promissores. Quem se arriscou a marcar presença no Engenho de Dentro viu o time alternativo do Botafogo tomar a atitude no clássico. Igor Rabello e Bruno Silva, com duas cabeçadas, protagonizaram as melhores chances do Glorioso.
O time alvinegro não exerceu um domínio claro. O Vasco equilibrou a partida, mesmo sem levar grande perigo ao goleiro Helton Leite. O Cruz-Maltino voltou a contar com Luis Fabiano como referência de ataque. No entanto, as melhores jogadas de ataque nasceram de chutes de fora da área e dos pés do menino Douglas, a grande revelação do Carioca. Em jejum de gols, o Fabuloso acabou se complicando na hora das conclusões.
A primeira etapa evidenciou a falta de criatividade dos times, mais preocupados com a tática do que com a parte técnica.
No segundo tempo, o Vasco voltou mais arrojado. O técnico Milton Mendes percebeu que poderia superar o adversário no aspecto físico, já que o Botafogo teve (e terá) que voltar as atenções para a Libertadores. A entrada do veloz Guilherme Costa no lugar do lento Andrezinho mudou o clássico. O garoto conseguiu a expulsão do zagueiro Marcelo, deixando o Gigante cada vez mais em cima do Glorioso.
Do outro lado, Jair Ventura não teve outra alternativa a não ser assumir a postura defensiva, sem abdicar totalmente do ataque. Bruno Silva, em outra cabeçada venenosa, obrigou o goleiro Martin Silva a salvar o Vasco novamente.
Para honrar a tarde dos goleiros, Helton Leite respondeu, pegando, de forma espetacular, um peixinho de Douglas. Ele só não conseguiu evitar a finalização do volante vascaíno, que livre, de marcação, só teve o trabalho de completar para o gol, após cobrança de escanteio.
O Botafogo não tinha mais força e nem tempo. Com a defesa aberta, o Vasco aproveitou para ampliar o placar. Manga Escobar rolou para Luis Fabiano sacramentar o título justíssimo para o clube de São Januário.
FICHA TÉCNICA:
VASCO 2 x 0 BOTAFOGO
Local: Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
Data e hora: 16 de abril de 2017, às 16h (horário de Brasília)
Árbitro: Bruno Arleu de Araújo (RJ)
Auxiliares: Silbert Faria Sisquim (RJ) e Jackson Massara dos Santos (RJ)
Cartão Amarelo: Yago Pikachu, Rodrigo, Guilherme Costa, Douglas (VAS); Marcelo, Bruno Silva, Matheus Fernandes, Dudu Cearense, Fernandes (BOT)
Cartão Vermelho: Marcelo, 19’/2ºT (BOT), Bruno Silva, após o apito final (BOT)
Gols: Douglas, 42’/2ºT (1-0) e Luis Fabiano, 47’/2ºT (2-0)
VASCO: Martin Silva, Gilberto, Rafael Marques, Rodrigo e Henrique (Wagner, 34’/2ºT); Jean e Douglas; Yago Pikachu (Manga Escobar, 22’/2ºT), Nenê e Andrezinho (Guilherme Costa, 15’/2ºT); Luis Fabiano. Técnico: Milton Mendes.
BOTAFOGO: Helton Leite, Marcelo, Renan Fonseca, Igor Rabello e Gilson; Dudu Cearense, Bruno Silva, Matheus Fernandes e Leandrinho (Pachu, 40’/1ºT); Guilherme (Fernandes, 20’/2ºT) e Sassá (Tanque, 43’/2ºT). Técnico: Jair Ventura.
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