Sem suar, Brasil vence um esforçado Paraguai na estreia do sul-americano

O contraste era nítido e visível até mesmo na qualidade dos uniformes e no tamanho das comissões técnicas. O abismo das realidades do vôlei brasileiro para o paraguaio é tão grande que o próprio comandante Carlos Heyn humildemente pediu ao técnico Bernardinho para tirar uma foto com ele antes da estreia das seleções no Campeonato Sul-Americano, no ginásio Alfredo Barreto, em Cabo Frio, na Região dos Lagos, como se fosse um fã.

A diferença nas estaturas também mostrava o que seria o jogo. Enquanto a média do Brasil é de 1,99m, a do Paraguai é de apenas 1,88m. O jogador paraguaio mais alto é Jose Gaona, com 2,02m, único da equipe que já jogou na Europa. No Brasil, há cinco atletas com mais altura que o rival: Sidão (2,03m), Leandro Vissotto (2,12m), Mauricio Souza (2,09m), Renan Buiatti (2,12m) e Lucão (2,10m). Tudo isso fez com que o compromisso desta terça-feira parecesse um jogo-treino para a seleção canarinha, que venceu por 3 sets a 0, parciais de 25/7, 25/9 e 25/5. E um detalhe curioso é que o visitante marcou somente 21, sendo que 14 vieram de erros brasileiros. O maior pontuador paraguaio foi Jose Ortiz, com apenas três pontos marcados. Pelo Brasil, Lipe fez 12.


A próxima partida do Brasil, que já venceu 28 das 29 edições do Sul-Americano realizadas, acontece na quarta-feira, contra a Colômbia, às 20h30m (de Brasília), no mesmo local. Já o Paraguai encara os chilenos, no mesmo dia, mas às 17h30m. Com a ausência da Venezuela, que não conseguiu voo para Cabo Frio, o torneio teve sua forma de disputa modificada. A competição não terá mais final e todos os times se enfrentam.
Globoesporte

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