Estava complicado, mas a melhor jogadora da história do futebol feminino resolveu para o Brasil. Ninguém joga como ela, seja na Seleção Brasileira ou no time dos Estados Unidos – adversário derrotado pela equipe de Vadão neste domingo, por 3 a 2, no Mané Garrincha, pelo Torneio Internacional de Brasília – e até no mundo. Marta foi Marta: dribles, muita disposição e três gols, garantindo o triunfo de virada. As meninas do Brasil começaram muito perdidas, e até levaram uma alfinetada de Marta no intervalo por isso. Os Estados Unidos largaram na frente do placar fazendo 2 a 0 com duas bobeiras defensivas, sendo o segundo gol, marcado por Rapinoe, a consequência de uma falha da goleira Luciana. Mas ainda no primeiro tempo a “Pelé de saias” começou a mostrar serviço. Partindo em velocidade, Marta limpou Hope Solo e diminuiu. Se a técnica não foi tão primorosa assim, o Brasil teve brios, disposição. Afinal, era necessário igualar as forças, ainda que, na parte técnica, as americanas levassem vantagem. Mas na comparação craque a craque (Marta x Wambach, que também já foi eleita pela Fifa a melhor do mundo, mas não tantas vezes quanto a brasileira – o placar é 5 a 1), o Brasil sobrou. Marta sobrou: 1,62m de puro talento. Nesse “frasco pequeno” estava o veneno que derrubou as americanas Na etapa final, o ápice do show. O segundo gol foi depois de uma arrancada espetacular, deixando a defesa toda para trás e finalizando com uma precisão ímpar, no canto de Hope Solo, que se esforçou, mas não achou nada. O terceiro do Brasil foi de um um chute de longe dado por Marta. Dessa vez, Solo deu uma ajudinha, levou um frangaço e a explosão da virada se espalhou pelo Mané Garrincha. Pelo andar da carruagem, quem em breve vai ter que virar nome de estádio vai ser ela: Marta Vieira da Silva. Ah, o Brasil continua na liderança do torneio, com duas vitórias. O terceiro jogo será contra a China, na quarta-feira. LANCENET
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